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SAIBA MAIS
Treinador paga dívida com o governo no Refis
FERNANDO MELLO
DO PAINEL FC
Condenado pela Justiça
Federal do Rio a cinco anos e
três meses de prisão, em regime semi-aberto, por sonegação fiscal, Wanderley Luxemburgo entrou no Refis 2.
O programa permite a empresas e pessoas físicas parcelarem dívidas com o governo em até 180 meses.
O técnico chegou a ser autuado em R$ 1,3 milhão depois de terem sido encontrados em suas contas depósitos bancários não-declarados de R$ 10,32 milhões.
Em liberdade, Luxemburgo pôde recorrer da condenação da Justiça do Rio, cuja
decisão foi em primeira instância. Ele alega que já havia
pago parte do valor de autuação da Receita e que ainda pôde aderir ao Refis.
O processo partiu de denúncia feita por Renata Carla Alves, sua ex-assessora,
em agosto de 2000.
Ela arrematou, com dinheiro do treinador, bens
em leilões e depois os revendeu. Luxemburgo não declarou os valores e não soube
explicar as transações à CPI
do Futebol no Senado.
À CPI, também não soube
explicar sua relação com José Carlos Santiago de Andrade, seu sócio em duas empresas, que chegou a atuar
na arbitragem em jogo do
Corinthians quando o treinador dirigia o clube.
A CPI suspeitava que o técnico, além da sonegação fiscal, havia mandado dinheiro
irregularmente ao exterior.
No final, porém, pediu seu
indiciamento ""apenas" pelos crimes tributários.
Além dos problemas fiscais, ele enfrentou processo
por falsidade ideológica.
Apesar de ter nascido em 10
de maio de 1952, sua certidão de nascimento falsificada dizia que ele nascera três
anos depois. Após a acusação, ele trocou os documentos e foi absolvido, o mesmo
acontecendo no caso da manicure de Campinas que o
acusou de assédio sexual.
Colaborou João Carlos Assumpção, da Reportagem Local
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