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Jamaica festeja geração e fim do êxodo de talentos
DO ENVIADO A PEQUIM
O feito de Usain Bolt ontem
foi somado ao de Melaine
Walker, que cravou o recorde
olímpico para triunfar nos
400 m com barreiras, instantes depois de seu compatriota
comemorar seu segundo ouro
na Olimpíada de Pequim.
Com as vitórias conquistadas ontem, a Jamaica ultrapassou Rússia e EUA e ostentava uma invejável liderança
no quadro de medalhas do
atletismo olímpico, com quatro ouros e três pratas.
Ainda pode ganhar mais.
Com velocistas da estirpe de
Bolt, Asafa Powell, Shelly-Ann Fraser e Sherone Simpson, a Jamaica passou a ser
considerada favorita também
nos revezamentos.
É a melhor geração de velocistas do país caribenho, que
sempre alcançou destaque
nas provas curtas.
"Nós temos muito mais
atletas que acabaram ficando
na Jamaica e grandes treinadores. Meu técnico [Glen
Mills] me tornou um duplo
campeão olímpico e recordista mundial", elogiou Bolt.
De fato, no passado a Jamaica sofria com a fuga de talentos. Dois deles, por exemplo, tornaram-se medalhistas
olímpicos na prova mais nobre do atletismo defendendo
as cores do Canadá.
Ben Johnson, protagonista
do maior escândalo de doping
dos 100 m, na Olimpíada de
Seul-88, foi bronze nos Jogos
de Los Angeles-84.
Já Donovan Bailey, medalhista de ouro na Olimpíada
de Atlanta-96, era, até os Jogos de Pequim-08, o recordista olímpico da distância.
"A Jamaica domina o atletismo há 40 anos. Mas agora
os atletas estão ficando em casa", afirma Bailey, cujos familiares deixaram a Jamaica
quando o futuro velocista tinha 11 anos.
(ALF)
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