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OUTRO LADO
Para associação, "fracos" perdem com a proibição
DA REPORTAGEM LOCAL
Para a Associação Brasileira de Bingos e dirigentes esportivos que defendem a
continuidade da atividade
no país, não apenas 320 mil
empregos diretos e indiretos
serão extintos como o esporte ficará sem uma de suas
poucas fontes de recursos.
"Seiscentas entidades [esportivas] são beneficiadas,
repassamos R$ 93 milhões
por ano. Sem esse repasse,
muitas federações não teriam condições de formar
atletas. Nosso principal iatista, Robert Scheidt, já declarou diversas vezes que, sem
o dinheiro do bingo, teria
largado o esporte e se tornado mais um administrador
de empresas", declarou Olavo Sales da Silveira, presidente da Abrabin.
Para ele, o fato de apenas
cinco confederações olímpicas -oito, segundo a Abrabin- dizerem que recebem
dinheiro do bingo é justificado pelo fato de "elas não precisarem tanto assim", pois já
têm as verbas das loterias
-Lei Piva. "O bingo ajuda
os fracos, as federações e os
clubes que vivem à míngua."
Luís Barreto, presidente da
Confederação Brasileira de
Badminton, concorda com
Sales e diz que o bingo foi
fundamental para desenvolver modalidades como a sua,
que não tem força no Brasil.
"Graças ao bingo, compramos uma sede e montamos
quadras. É lamentável que o
governo acabe com essa parceria agora. Nenhuma entidade esportiva está envolvida no escândalo que aconteceu no governo."
Reinaldo Câmara, vice da
Confederação Brasileira de
Vela e Motor, também reclama. "É uma situação grave
para o esporte. Não teríamos
um hexacampeão mundial
[Scheidt] sem o apoio do
bingo."
(LF, JCA E EO)
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