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Modalidades querem que dinheiro público compense perda
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem a verba do bingo, as confederações querem uma compensação do governo. "Todos que são
contra os bingos deveriam apresentar alternativas para o custeio
do esporte", disse Reinaldo Câmara, vice-presidente da Confederação Brasileira de Vela.
Por ser ano olímpico, confederações como as de boxe, triatlo e
tênis acham que o Ministério do
Esporte deveria pressionar as estatais a lhes dar mais dinheiro.
Elas dizem que os recursos da
Lei Piva -projeção de R$ 24,5
milhões para as confederações em
2004- é insuficiente. A Abrabin
fala que o bingo dá quase três vezes mais ao esporte, cifra não confirmada pelas entidades nem pelo
Comitê Olímpico Brasileiro.
As entidades elogiam o fato de a
verba do bingo funcionar como
uma receita de patrocínio, que
pode ser gasta como quiser. Já a
da Lei Piva é vinculada a projetos
apresentados pela confederação.
"Investimos R$ 400 mil na sede
da entidade no Rio. Sem a verba
dos bingos, isso teria sido impossível", declarou Alaor Azevedo,
presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa.
Mas mesmo a liberdade de investimento não é total. Segundo
Gilberto Bulcão, diretor da Confederação Brasileira de Taekwondo,
no Estado do Rio 80% da receita
líqüida com bingo obrigatoriamente é investida no fomento da
modalidade. "A entidade só dispõe livremente de 1% do faturamento dos bingos."
(LF, JCA E EO)
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