São Paulo, domingo, 22 de junho de 2008

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Europa se volta contra repasses do COI aos EUA

Movimento por revisão das regras de partilha da receita olímpica ganha voz

Há 20 anos, quando pacto foi firmado, TVs americanas pagavam 74,4% da venda dos direitos de transmissão; para Pequim, pagarão 50%


RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A redução do tamanho da fatia norte-americana no bolo da economia mundial nos últimos anos motiva países europeus a liderarem um movimento por novas regras para dividir as receitas dos Jogos Olímpicos.
Até hoje, as regras de partilha da receita da venda dos direitos de transmissão dos Jogos pela TV seguem pacto estabelecido há 20 anos, quando os EUA eram os principais financiadores do movimento olímpico.
Em 1988, as emissoras do país desembolsaram 74,4% do total arrecadado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) pelos direitos de TV.
Foi essa realidade que balizou o acordo, um pacto que atualmente faz o Comitê Olímpico dos EUA receber do COI o equivalente a 75% das verbas que a entidade repassa a todos os outros comitês nacionais.
Mas a realidade mudou. Para Pequim, a fatia das emissoras de TV dos EUA corresponde a pouco mais de 50% do total.
O mesmo movimento acontece com as receitas de marketing do COI ao longo do tempo, o que reforça o pleito europeu por novos critérios de distribuição da renda olímpica.
Em agosto, no período em que acontecerem os Jogos, Pequim deve ser palco de mais debates sobre o tema. Mas alterações devem demorar. Os próprios descontentes dizem que esperam alterar o cenário só a partir dos Jogos de 2020.


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