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Europa se volta contra repasses do COI aos EUA
Movimento por revisão das regras de partilha da receita olímpica ganha voz
Há 20 anos, quando pacto foi firmado, TVs americanas pagavam 74,4% da venda dos direitos de transmissão; para Pequim, pagarão 50%
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A redução do tamanho da fatia norte-americana no bolo da
economia mundial nos últimos
anos motiva países europeus a
liderarem um movimento por
novas regras para dividir as receitas dos Jogos Olímpicos.
Até hoje, as regras de partilha
da receita da venda dos direitos
de transmissão dos Jogos pela
TV seguem pacto estabelecido
há 20 anos, quando os EUA
eram os principais financiadores do movimento olímpico.
Em 1988, as emissoras do
país desembolsaram 74,4% do
total arrecadado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional)
pelos direitos de TV.
Foi essa realidade que balizou o acordo, um pacto que
atualmente faz o Comitê Olímpico dos EUA receber do COI o
equivalente a 75% das verbas
que a entidade repassa a todos
os outros comitês nacionais.
Mas a realidade mudou. Para
Pequim, a fatia das emissoras
de TV dos EUA corresponde a
pouco mais de 50% do total.
O mesmo movimento acontece com as receitas de marketing do COI ao longo do tempo,
o que reforça o pleito europeu
por novos critérios de distribuição da renda olímpica.
Em agosto, no período em
que acontecerem os Jogos, Pequim deve ser palco de mais debates sobre o tema. Mas alterações devem demorar. Os próprios descontentes dizem que
esperam alterar o cenário só a
partir dos Jogos de 2020.
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