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Orçamento do Usoc tem 60% de verba do COI
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde que foi feito o atual
acordo de distribuição de verbas olímpicas, em 1988, os EUA
aumentaram sua liderança nos
quadros de medalhas da Olimpíada. O dinheiro do COI tem
peso significativo no orçamento norte-americano para a preparação dos atletas -no atual
ciclo olímpico, ultrapassam
60% do orçamento do Usoc
(Comitê Olímpico dos EUA).
Até aquele ano, o país tinha
terminado em primeiro no
quadro de medalhas em 11 das
20 edições da Olimpíada -ou
seja, 55% do total. O critério é o
maior número de ouros.
Desde o final da Segunda
Guerra, vinha perdendo a
maioria dos Jogos Olímpicos
para a antiga União Soviética.
A partir de 1948, ganhara
quatro vezes até 1988 -contra
seis vezes da URSS.
A partir de 1992, quando as
verbas passaram a fazer efeito,
os EUA ganharam três das quatro Olimpíadas, isto é, 75%.
Claro que tiveram a seu favor
o desmantelamento da URSS,
cujas repúblicas que a integravam ainda venceram em Barcelona-1992, quando competiram quase todas sob bandeira
única, como Comunidade dos
Estados Independentes (CEI).
Anualmente, o Usoc gasta em
torno de US$ 115 milhões no
treinamento de seus esportistas para Pequim. Como recebeu cerca de US$ 77 milhões
por temporada do COI no quadriênio, a verba representa
mais de 60% do seu orçamento.
E os norte-americanos, diferentemente dos brasileiros,
não contam com verbas públicas. Seu orçamento é complementado por patrocinadores.
A maioria dos seus parceiros
é comum com os do COI, como
Coca-Cola, Atos Origin, General Eletric, Johnson & Johnson, Kodak, Lenovo, McDonald's, Samsung e Visa. O Usoc ainda aceita doações de pessoas
físicas para completar a verba.
No momento, os próprios dirigentes dos EUA admitem que
pode haver países com orçamentos maiores. A China e a
Inglaterra, que contam com
forte apoio estatal por serem
futuras sedes da Olimpíada, são
exemplos de rivais de peso no
aspecto financeiro em relação
aos norte-americanos.
Só que os europeus do COI,
favoráveis ao corte das verbas
do país, argumentam que não
vêem sentido em todas as nações pagarem pela preparação
de atletas dos EUA.
(RM)
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