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Corinthians se sujeita a goleadores temporários
Com ataque em má fase, time encara o Ceará após primeira derrota na Série B
Acosta e Dentinho viveram seca de gols, encarada agora por Herrera; média do trio caiu de 0,86 para 0,57 por jogo depois da Copa do Brasil
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Primeiro, foi Acosta. Depois,
Dentinho. Agora é Herrera. Em
seu ano de segunda divisão, o
Corinthians tem se apoiado em
goleadores temporários, que,
durante um tempo, conseguem
responder às expectativas e,
depois, perdem o fôlego, assim
como o time, que perdeu a invencibilidade na Série B contra
o Bahia, no último sábado.
O Corinthians, que não vence
há dois jogos, justamente quando seu ataque emperrou, tenta
a reabilitação hoje, às 20h30,
contra o Ceará, em Fortaleza.
O técnico do Corinthians,
Mano Menezes, atribuiu a derrota para os baianos ao mau desempenho de seu setor ofensivo. Apesar de ter o melhor ataque da Segundona, o time do
Parque São Jorge demonstra
muita irregularidade na frente
desde o início da temporada.
Os números mostram que os
atacantes jamais estiveram em
boa fase juntos, ou seja, quando
um se encontra bem, o outro
geralmente está na seca.
A exceção foi o mês de maio,
quando Acosta e Herrera tiveram suas melhores performances. O primeiro candidato a
ídolo corintiano na frente foi o
uruguaio. Ele chegou com o rótulo de vice-artilheiro do Brasileiro no ano passado e fez gol de
letra em seu terceiro jogo, mas
despencou com o tempo.
Foi parar na reserva. Perdeu
a posição para Dentinho, que
decolou, principalmente em fevereiro, quando marcou quatro
vezes. A boa fase durou pouco, e
o atacante passou abril e maio
em branco. Logo o rótulo de goleador passou a ser de Herrera,
que marcou seis vezes em maio.
O desempenho do camisa 17
fez com que ele atingisse seu
maior número de gols em uma
temporada na carreira.
Antes só reconhecido pelos
corintianos por mostrar vontade, mas sem qualidade, a boa fase transformou o argentino de
"quase gol" (apelido com o qual
era conhecido no país natal) em
candidato a "novo Tevez".
Herrera, porém, parou de balançar as redes. Seu último tento ocorreu em junho, contra a
Ponte Preta. Acosta também
está zerado. Só Dentinho marcou neste mês -três vezes.
Até a decisão da Copa do Brasil, contra o Sport, os três tinham média de 0,86 gol por
partida. O primeiro jogo da decisão (3 a 1), aliás, foi o único em
que os três atacantes marcaram
na mesma partida. Depois da
perda do título, esse número
despencou para 0,57.
"Estamos tendo chances,
mas futebol não são chances, é
bola na rede", disse o técnico
corintiano, após a derrota por 1
a 0 para o Bahia, ressaltando as
oportunidades desperdiçadas.
A irregularidade do ataque
ganhou mais relevância depois
da perda da Copa do Brasil.
Após a derrota por 2 a 0, que
custou ao clube o título, o Corinthians jogou sete vezes pela
Série B, com três vitórias, três
empates e uma derrota. Aplicou duas goleadas (4 a 1 no Brasiliense e 5 a 0 no Marília), mas,
nas outras cinco partidas, não
conseguiu marcar mais que um
gol em cada confronto.
NA TV - Ceará x Corinthians
Sportv (menos CE), ao vivo, às 20h30
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