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VÔLEI
Seleção pega Coréia pelo 1º lugar e para agradar a Zé Roberto
DO ENVIADO A ATENAS
Diante da Coréia do Sul, hoje, às
13h30, a seleção feminina de vôlei
joga para confirmar a primeira
posição de seu grupo na Olimpíada, na última chance de agradar
ao técnico José Roberto Guimarães antes dos mata-matas.
Apesar de a equipe estar invicta
em quatro partidas na Olimpíada
(bateu Japão, Quênia, Itália e Grécia), o treinador viu falta de motivação em algumas titulares na vitória de anteontem, por 3 sets a 0,
diante das frágeis gregas, que ocupam a 21ª colocação no ranking
da Federação Internacional de
Vôlei -o Brasil é o vice-líder.
A central Walewska e a ponta
Virna, em especial, foram alvo de
críticas indiretas. Tanto que Zé
Roberto as substituiu durante a
partida, pondo Fabiana e Sassá.
Ao término do jogo, teceu elogios às reservas pela dedicação
demonstrada em quadra.
Fabiana foi a maior pontuadora, com 80% de sucesso no ataque, e ainda marcou dois pontos
de saque -mesma marca alcançada por Sassá-, um dos fundamentos em que a seleção claramente tem deixado a desejar.
"Foi bom elas terem feito uma
grande partida, porque no nosso
caminho precisaremos que todas
estejam bem", disse Zé Roberto.
As duas, entretanto, devido à
menor experiência internacional,
seguirão como opção de banco.
Virna até fez um mea-culpa, reconhecendo que ela foi uma das
que relaxaram por ter enfrentado
uma seleção de nível inferior.
"Quando o adversário não oferece muita resistência, temos que
buscar a regularidade dentro da
gente. Somos melhores, temos
que mostrar em quadra."
A preocupação do treinador é
somente dentro de quadra. Nos
treinos e na Vila Olímpica, diz notar que todas se mostram "concentradas no objetivo".
Zé Roberto, que dirige uma seleção brasileira em Jogos Olímpicos pela terceira vez (além do ouro em 1992, foi quinto com o masculino em 1996), traçou como meta ao menos repetir o bronze de
Atlanta-96 e Sydney-00.
Insatisfeito de um modo geral, o
técnico afirma que cobrará sempre um desempenho melhor das
que não estão correspondendo.
Ao mesmo tempo, porém, diz
saber que precisa "maneirar", em
vista dos resultados. "Não acho
que estamos jogando bem. Mas
estamos ganhando."
Uma vitória confirma o Brasil
como primeiro colocado do Grupo A -posto também almejado
pelas adversárias.
Nessa posição, cruzará nas
quartas-de-final com o quarto do
Grupo B, teoricamente o mais fraco da chamada "chave da morte"
(EUA, Cuba, China, Rússia, Alemanha e República Dominicana).
As decepcionantes americanas
(líderes da listagem da federação
internacional), alemãs (em décimo) e dominicanas (em 13º), podem acabar na quarta colocação.
Um tropeço porém pode colocar a seleção brasileira em choque
com China (terceira do mundo),
Cuba (quinta colocada) ou Rússia
(sexta) no mata-mata da próxima
terça-feira.
(LUÍS CURRO)
Sportv Brasil, ESPN Brasil,
Globo, ao vivo, às 13h30
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