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Federações e potências fazem lobby contrário
DA REPORTAGEM LOCAL
Caso todas as recomendações sejam acatadas pelo COI e
seu Comitê Executivo, pelo
menos 27 provas serão excluídas dos Jogos de Pequim-2008.
Um ranking hipotético, apenas com as provas nomeadas
(18) no relatório da comissão,
com base na Olimpíada de
Sydney, em 2000, teria 25 países com medalhas (veja quadro), de um universo de 199
que participaram dos Jogos.
Entre elas, as principais forças do esporte mundial, nove
dos dez países que ficaram à
frente do quadro de medalhas
em Sydney. Algumas nações
seriam mais prejudicadas, como a Grã-Bretanha e a França.
Essas delegações conquistaram 21% e 14% de suas medalhas, respectivamente, em provas cuja exclusão foi sugerida.
Justamente com o apoio de
países prejudicados, algumas
das federações mundiais pretendem trabalhar para evitar a
eliminação de seus respectivos
esportes dos Jogos Olímpicos.
A Federação Internacional de
Beisebol apresentou como "argumento" o suporte do Comitê
Olímpico dos Estados Unidos
(Usoc, sigla em inglês).
"O Usoc defenderá, com todos os meios, a permanência
do esporte número um nos
EUA", afirmou o presidente da
entidade, Marty Mankamyer.
"Haverá reação da Fina [Federação Internacional de Natação", reforçada pelas potências do esporte", disse Coaracy
Nunes, diretor da entidade, sobre a possível retirada do nado
sincronizado por equipes.
A Federação Internacional
de Softbol usa como justificativa o fato de o esporte ser feminino, com números como "no
mínimo 50% dos árbitros são
mulheres; 37% das federações
filiadas têm mulheres na presidência ou secretaria-geral".
No Brasil, as federações também pretendem investir no
"corpo-a-corpo" com o COI.
"Sem a classe star, seríamos
muito prejudicados, porque
fomos campeões olímpicos há
pouco, em 1996. Vou conversar com o Comitê Olímpico
Brasileiro, porque lobby sempre conta nessas decisões",
afirmou Walcles Figueiredo,
presidente da Federação Brasileira de Vela e Motor.
(MSK)
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