UOL


São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Clássica Copa dos Campeões

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Já está claro para todo mundo que o modelo antigo da Copa dos Campeões, com menos times, jogos e fases, é mesmo o ideal. E a sequência atual de grandes clássicos na competição só está dando força para o torneio andar para trás (nesse caso, o recuo significa um grande passo para a frente).
Se você já está se deliciando com partidas do tipo Manchester United x Juventus, Real Madrid x Borussia Dortmund e Arsenal x Ajax (envolvendo apenas membros do chamado G-14), poderá desfrutar com gosto de superclássicos a estréia do mata-mata.
Real Madrid x Barcelona, Manchester United x Arsenal ou Inter x Milan são algumas opções de confrontos. Dos times citados neste parágrafo, três já estão praticamente garantidos nas quartas-de-final. Os outros três clubes estão com boas chances de avançar.
Apontar favorito em qualquer um desses confrontos agora (quando Real e Ronaldo sofrem, e o Barça é 100%) seria algo tão louco quanto divagar sobre duelos que nem estão garantidos.
A segunda fase de grupos (serão duas fases na outra temporada?) está na metade, e os desafiantes ao G-14 já parecem condenados. Newcastle, Roma, Lokomotiv, Basel e La Coruña não estariam classificados se o torneio acabasse hoje e dificilmente estarão classificados quando a fase acabar.
Os mais poderosos vão confirmando o que quase todos estavam esperando (esqueçam os fracassos de Liverpool e Bayern, especialmente do último, que, é sabido agora, recebeu dinheiro por fora que o ajudou a se manter bem acima de seus conterrâneos).
Não é à toa que os membros do G-14 (não a Uefa, como oficialmente se diz) não podem nem ouvir falar do Mundial de Clubes da Fifa (agora já fala-se na entidade máxima do futebol em uma segunda edição em 2007, não mais em 2005). O que eles (e muita gente) mais querem é clássico.
O Pelé, de uma forma mais esperta que a Fifa, lança neste ano a Copa da Paz na Coréia do Sul, com a presença de três membros do G-14, embora os três (Bayer Leverkusen, Lyon e PSV Eindhoven) sejam do último escalão do grupo -os dois primeiros só entraram no clube no ano passado.
O torneio, marcado para julho, servirá obviamente como pré-temporada para os clubes europeus envolvidos (para os times dos outros continentes, será mais ou menos como o Mundial da Fifa). O dinheiro em jogo é bem mais que razoável, o que agrada a todos. Pelé (e os sul-coreanos, para que seja feita justiça) acertou ao não desafiar o calendário europeu, que é o que realmente pauta o futebol internacional e que foi, desde o começo, a grande ameaça ao Mundial da Fifa.
Clássicos para os europeus não são mais os confrontos nacionais, mesmo os de grande porte. Clássicos para eles também não são os jogos válidos por todo tipo de Mundial. Clássico agora lá é simples: jogo entre times do G-14.
E ia esquecendo: por falar em clássicos, terça-feira teremos Juventus x Manchester United (ESPN International) e, na quarta-feira, veremos Ajax x Arsenal (ESPN Brasil) e Inter de Milão x Barcelona (ESPN International).

Copa dos Campeões
Os artilheiros são Crespo (Inter), Inzaghi (Milan) e Van Nistelrooij (Manchester), com nove gols. O rei da assistência é Rui Costa (Milan), com cinco passes que resultaram em gol. Tudo G-14.

Copa da Uefa
Liverpool e Porto (o G-14 no torneio) estão muito bem na fita.

Copa da Paz
O santista Pelé diz que o São Paulo foi convidado para jogar o torneio porque é o melhor time do país na atualidade. O São Paulo acredita que seus três pentacampeões (Kaká, Rogério e Ricardinho) pesaram na decisão. Particularmente, acho que a LG, patrocinadora sul-coreana do time do Morumbi, bateu o pé na escolha.

E-mail rbueno@folhasp.com.br



Texto Anterior: Futsal: Brasil despreza seus "melhores do mundo"
Próximo Texto: Automobilismo: Indy começa temporada do tudo ou nada
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.