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FUTEBOL
Clássica Copa dos Campeões
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Já está claro para todo mundo
que o modelo antigo da Copa
dos Campeões, com menos times,
jogos e fases, é mesmo o ideal. E a
sequência atual de grandes clássicos na competição só está dando
força para o torneio andar para
trás (nesse caso, o recuo significa
um grande passo para a frente).
Se você já está se deliciando com
partidas do tipo Manchester United x Juventus, Real Madrid x Borussia Dortmund e Arsenal x
Ajax (envolvendo apenas membros do chamado G-14), poderá
desfrutar com gosto de superclássicos a estréia do mata-mata.
Real Madrid x Barcelona, Manchester United x Arsenal ou Inter
x Milan são algumas opções de
confrontos. Dos times citados neste parágrafo, três já estão praticamente garantidos nas quartas-de-final. Os outros três clubes estão com boas chances de avançar.
Apontar favorito em qualquer
um desses confrontos agora
(quando Real e Ronaldo sofrem, e
o Barça é 100%) seria algo tão
louco quanto divagar sobre duelos que nem estão garantidos.
A segunda fase de grupos (serão
duas fases na outra temporada?)
está na metade, e os desafiantes
ao G-14 já parecem condenados.
Newcastle, Roma, Lokomotiv, Basel e La Coruña não estariam
classificados se o torneio acabasse
hoje e dificilmente estarão classificados quando a fase acabar.
Os mais poderosos vão confirmando o que quase todos estavam esperando (esqueçam os fracassos de Liverpool e Bayern, especialmente do último, que, é sabido agora, recebeu dinheiro por
fora que o ajudou a se manter
bem acima de seus conterrâneos).
Não é à toa que os membros do
G-14 (não a Uefa, como oficialmente se diz) não podem nem ouvir falar do Mundial de Clubes da
Fifa (agora já fala-se na entidade
máxima do futebol em uma segunda edição em 2007, não mais
em 2005). O que eles (e muita gente) mais querem é clássico.
O Pelé, de uma forma mais esperta que a Fifa, lança neste ano a
Copa da Paz na Coréia do Sul,
com a presença de três membros
do G-14, embora os três (Bayer
Leverkusen, Lyon e PSV Eindhoven) sejam do último escalão do
grupo -os dois primeiros só entraram no clube no ano passado.
O torneio, marcado para julho,
servirá obviamente como pré-temporada para os clubes europeus envolvidos (para os times
dos outros continentes, será mais
ou menos como o Mundial da Fifa). O dinheiro em jogo é bem
mais que razoável, o que agrada
a todos. Pelé (e os sul-coreanos,
para que seja feita justiça) acertou ao não desafiar o calendário
europeu, que é o que realmente
pauta o futebol internacional e
que foi, desde o começo, a grande
ameaça ao Mundial da Fifa.
Clássicos para os europeus não
são mais os confrontos nacionais,
mesmo os de grande porte. Clássicos para eles também não são os
jogos válidos por todo tipo de
Mundial. Clássico agora lá é simples: jogo entre times do G-14.
E ia esquecendo: por falar em
clássicos, terça-feira teremos Juventus x Manchester United
(ESPN International) e, na quarta-feira, veremos Ajax x Arsenal
(ESPN Brasil) e Inter de Milão x
Barcelona (ESPN International).
Copa dos Campeões
Os artilheiros são Crespo (Inter), Inzaghi (Milan) e Van Nistelrooij
(Manchester), com nove gols. O rei da assistência é Rui Costa (Milan), com cinco passes que resultaram em gol. Tudo G-14.
Copa da Uefa
Liverpool e Porto (o G-14 no torneio) estão muito bem na fita.
Copa da Paz
O santista Pelé diz que o São Paulo foi convidado para jogar o torneio porque é o melhor time do país na atualidade. O São Paulo
acredita que seus três pentacampeões (Kaká, Rogério e Ricardinho) pesaram na decisão. Particularmente, acho que a LG, patrocinadora sul-coreana do time do Morumbi, bateu o pé na escolha.
E-mail rbueno@folhasp.com.br
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