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SONINHA
Não somos imbatíveis (mas ninguém é...)
Passada a alegria com o
ótimo resultado (vencer
a Inglaterra de virada e
com um a menos não é pouco),
não custa lembrar os problemas
que apresentamos no jogo.
Até o estalo genial de Ronaldinho, nada indicava que o
Brasil fosse furar o bloqueio dos
ingleses. Tínhamos a bola nos
nossos pés por mais tempo e no
nosso meio-campo existia uma
(boa) novidade, mas o fato é
que jogávamos "direitinho",
não mais que isso. A Inglaterra,
por sua vez, jogava em banho-maria. Começou a "ensebar"
antes mesmo do 1 a 0. Contra a
Dinamarca, ocupara o campo
todo até abrir boa vantagem;
contra o Brasil, encolheu-se.
Nosso meio-campo teve presença, mas não criatividade. Os
laterais impõem respeito, preocupam o adversário e ajudam
na marcação, mas não acrescentam quase nada em variedade ao ataque. Sinto falta de
movimentação e toques rápidos
pelos flancos; um trabalho envolvente entre um meia, um lateral e um atacante poderia surpreender e botar um dos nossos
desmarcados dentro da área
(coisa que Bélgica e Costa Rica
fizeram várias vezes).
Desculpe a insistência, mas o
Ricardinho é bom nisso. Ele é
inteligente em espaços pequenos, sabe abrir caminhos. Os
três "erres" tentam tabelas pelo
meio que, às vezes, dão certo,
mas o repertório da seleção ainda é muito limitado. Conseguimos mais coesão, mas não somos irresistíveis. Se é que alguém vai ser nesta Copa...
E o Senegal, que decepção!.
soninha.folha@uol.com.br
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