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VÔLEI
Os testes da seleção
Nalbert atuou bem contra a França na Liga e deve deixar Samuel na disputa com Anderson por vaga de oposto
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
OS DOIS ÚLTIMOS jogos da seleção brasileira contra a França mostraram que Nalbert
deve ser um dos quatro ponteiros
em Pequim. A outra conclusão é que
Samuel não deve mais lutar com
Nalbert por uma vaga como ponteiro da seleção, mas disputar com Anderson um lugar de oposto.
No primeiro jogo com a França, o
Brasil perdeu por 3 a 2. Só em bloqueios, levou 19 pontos, um número
preocupante. Anderson sofreu com
a muralha francesa: fez 10 pontos,
contra 22 de Samuel. A seleção também teve problemas no saque e no
passe. Na segunda partida, quatro
mudanças: Marlon substituiu o levantador Bruno; o central Éder entrou na vaga de Lucas; Nalbert atuou
na ponta na vaga de Samuel, deslocado para o lugar do oposto Anderson. O ponta Murilo, o central André
Heller e o líbero Alan ficaram.
Resultado: Nalbert, Murilo e Alan
fizeram uma bela linha de recepção.
Com o passe na mão, Marlon, que jogou bem e vai lutar pela vaga de segundo levantador, teve o trabalho
facilitado. Samuel, livre do passe, foi
bem como oposto. A vitória sobre a
França foi tranqüila: 3 sets a 0.
A presença de Nalbert se torna
mais importante já que a seleção
não conta mais com o levantador Ricardinho, que conseguia acelerar o
jogo até quando a recepção não era
boa. Com os atuais levantadores, o
Brasil vai ter que jogar com o passe
na mão para manter a velocidade no
ataque. Nalbert é uma bela opção na
recepção. Fundamento em que Samuel ainda não é regular. Já no ataque, ele pega uma bola a 3,42 m do
chão e tem muita força. Hoje, está
melhor no ataque do que Anderson.
No feminino, o Brasil perdeu, mas
fez um bom jogo contra a China,
mesmo sem Fofão e só com uma levantadora, Carol. O que ainda irrita
no time, principalmente em Paula
Pequeno, é a mania de, em momentos decisivos, optar por largadinhas,
em vez de soltar o braço.
No próximo fim de semana, a seleção terá rivais mais frágeis: Cazaquistão, Turquia e Alemanha. Mas é
preciso atenção com as turcas: elas
venceram as americanas e estão em
terceiro, atrás de China e Itália.
ESTRELA TURCA
O nome dela é Seda Tokatlioglu,
tem 22 anos e 1,92 m. Na vitória da
Turquia sobre os Estados Unidos, a
jogadora deu show: marcou 31 pontos, dos quais 29 de ataque. Na Turquia, que se destacou na primeira
etapa do Grand Prix, a tática é simples: bola alta para a camisa 16.
OS BIGODINHOS
O time francês aderiu à moda do bigodinho. Mais da metade dos 12 jogadores usa o bigode. Já em eficiência, quem tem a melhor campanha
é a Rússia, única seleção invicta na
Liga Mundial com quatro vitórias.
Os russos venceram os dois confrontos com a Coréia e os outros
dois diante de Cuba.
cidasan@uol.com.br
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