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AUTOMOBILISMO
De olho no futuro, Jenson Button e Kimi Raikkonen correm para vencer e amadurecer em Interlagos
Garotos-prodígio viram homens no Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
Jenson Button, 24, chegou a Interlagos imaginando que estaria
na Williams no ano que vem. Mas
levou um tombo jurídico na quarta-feira e foi obrigado pela FIA a
ficar na BAR em 2005.
Reconheceu que cometeu um
erro, foi precipitado. E admitiu
que amadureceu com o episódio.
"Pelo menos posso dizer que
aprendi", disse, sorriso acanhado.
Kimi Raikkonen, 25, pisou no
Brasil como companheiro de David Coulthard, 33, um piloto de
150 GPs e nove temporadas na
McLaren. Deixará a corrida de
hoje como primeiro nome do time, aguardando a chegada, em
2005, de Juan Pablo Montoya.
Apesar da pouca idade, é ele,
agora, o veterano. "Nunca conversei com o Montoya sobre isso,
mas vai ser bom ter um novo
companheiro", afirmou, sério.
Representantes da nova geração
da F-1, únicos da turma a conseguir resultados significativos neste ano, Button e Raikkonen chegaram a Interlagos como garotos-prodígio da categoria. Sairão do
GP Brasil, e da temporada de
2004, homens. E dizendo-se preparados para enfrentar o maior
de todos, Michael Schumacher.
A Folha conversou com os dois
em São Paulo. São personalidades
diferentes dentro e fora das pistas.
Button, que larga em quinto hoje, é expansivo, falante, gosta de
roupas extravagantes e de freqüentar colunas sociais.
Na pista, é rápido, mas sem
grande arroubos de agressividade. "Sou um cara tranqüilo no
cockpit", explica. Neste ano, essa
postura o jogou para o terceiro lugar no Mundial de Pilotos -à
frente dele, só a dupla da Ferrari.
Foram, até agora, 85 pontos e dez
pódios. Mas ainda falta a vitória.
Raikkonen, terceiro no grid, é
um sujeito calado, reservado, que
não gosta de falar de si próprio.
Mas, trabalhando, é dos mais arrojados. Após um início de ano
complicado, cresceu e venceu na
Bélgica. É sétimo no Mundial.
Ambos correm nesta tarde com
chance de vitória. E esperam voltar ao Brasil, em 2005, em melhores condições. E bem mais próximos de um certo alemão.
(FÁBIO SEIXAS E TATIANA CUNHA)
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