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Em SP, estatuto anda; no RJ, vira "babaquice"
DA SUCURSAL DO RIO
E DA REPORTAGEM LOCAL
"Não tive problema nenhum."
Quem disse isso foi um torcedor
finlandês, Henkka Kesseli, que foi
ao Pacaembu ontem.
Se o europeu aprovou, alguns
brasileiros apontaram falhas no
"jogo modelo" prometido pelo
Corinthians aos seus fiéis.
"Fiquei 15 minutos em uma fila.
Nesta, estou há mais de meia hora", disse Hélio Aisen, que torcia
do lado de fora do Pacaembu com
mais centenas de torcedores com
a partida já em andamento.
Regulamento e tabela do Brasileiro foram afixados em algumas
das entradas do estádio. Monitores (alguns desorientados) de
uma empresa terceirizada orientavam os torcedores, que enfim ficaram com comprovante de pagamento pelos ingressos. Os banheiros químicos colocados pelo
Corinthians ajudaram na higiene.
Mas o Estatuto do Torcedor não
teve como evitar a ação de cambistas nem de ambulantes, que
vendiam camisas piratas e produtos alimentícios de qualidade duvidosa sem problemas.
Outro ponto do estatuto que
não funcionou como deveria foi a
divulgação de renda e público. Ela
ocorreu só após o apito final.
No Rio, a lei foi desrespeitada.
O presidente do Vasco, Eurico
Miranda, chamou de "babaquice"
a interpretação de que seria obrigatória a venda de ingressos em
cinco pontos diferentes e 72 horas
antes de Vasco x Ponte Preta. E
não cumpriu a determinação, que
consta do estatuto. Só valeria para
"jogos de apelo", disse o dirigente. "Não tem sentido venda antecipada em vários pontos para partidas com mil torcedores."
Regras e tabela do Brasileiro
não foram afixados na entrada do
estádio. Segundo Eurico, a obrigação é da CBF, não dos clubes. O
artigo 5º da lei fala em "competições administradas pelas entidades de administração do desporto". Para o vascaíno, a CBF é a
"entidade", e a responsabilidade
de pôr os documentos seria dela.
O Vasco também não providenciou orientadores para ajudar o
público. Eurico afirmou que isso
só será compulsório quando os
estádios tiverem lugares marcados e espaços para os deficientes.
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