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Troféu Brasil de atletismo testa reinado de 15 anos
Competição no estádio do Ibirapuera definirá atletas que irão à Olimpíada de Pequim em pelo menos três provas
Apesar de ser favorito a mais um título, BM&F, clube que é
campeão desde 1993, fica sem Jadel Gregório e encara
concorrência de nova equipe
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Troféu Brasil de atletismo
tem início hoje, a partir das
14h30, no estádio do Ibirapuera, em São Paulo, em uma edição que funciona como seletiva
olímpica nacional e na qual a
dominante e premiada equipe
da BM&F se vê forçada a dividir
seu espaço sob os holofotes.
Campeã do Troféu Brasil
desde 1993, a BM&F, que herdou a estrutura da Funilense,
dominou nos últimos anos o
evento. Mas neste ano terá como principal rival a equipe Rede Atletismo, que chega a fazer
frente em número de atletas: a
BM&F inscreveu 82 competidores, e a Rede Atletismo, número ligeiramente menor, 71.
A BM&F, de São Paulo, perdeu ainda de suas fileiras um
dos nomes mais populares do
atletismo nacional, o saltador
Jadel Gregório, para o clube Pinheiros, também da capital.
"As edições mais competitivas do Troféu Brasil para a gente [BM&F] foram em 98, 99.
Foi difícil superar o clube Arpoador e o Vasco. Desde então,
não houve tanta dificuldade",
diz Sergio Coutinho, diretor do
Clube de Atletismo BM&F.
""Nessa edição do Troféu Brasil
não há resultado previsível
nem vitória assegurada. É o público que ganha com a disputa
[com a Rede Atletismo]", diz.
A Rede Atletismo, de Bragança Paulista, tem a vantagem entre os velocistas, que contam
mais pontos por causa das provas de revezamento. E deve ter
representantes, por exemplo,
no 4 x 100 m em Pequim. Mas a
BM&F é melhor em provas de
campo e fundo e ostenta destaques como Maurren Maggi
(salto em distância), Fabiana
Murer (salto com vara) e o maratonista Marilson dos Santos.
Se o clima frio prejudica a
tentativa de brasileiros tentarem conquistar índices para os
Jogos, o Troféu Brasil servirá
como seletiva interna para os
atletas que já têm o índice "B"
(as modalidades nas quais o
país assegurou a presença de só
um representante em Pequim).
Nesses casos, o vencedor do
Troféu Brasil garante a vaga.
Será o caso de modalidades como o decatlo, o salto em distância e outras nas quais o Brasil
conquiste o índice no futuro.
No decatlo, a disputa no Ibirapuera será uma das mais acirradas, já que Luiz Alberto Cardoso Araújo, da BM&F, e Ivan
da Silva e Carlos Chinin, da Rede Atletismo, estão parelhos.
Já no caso das provas de revezamento, a classificação de
parte da equipe será definida
por meio de índice e da outra
por posição no torneio. Será assim no revezamento 4 x 100 m
masculino e, em caso de classificação a Pequim, nos revezamentos 4 x 100 m feminino e 4
x 400 m masculino e feminino.
Colaborou ADALBERTO LEISTER, da Reportagem Local
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