DA REPORTAGEM LOCAL

Em seus 8,5 bilhões de quilômetros quadrados de extensão, o Brasil tem só três Estados que ostentam hoje uma pista de atletismo classe 1, ou seja, que estão aptas a receber provas olímpicas.
Entretanto, de acordo com uma licitação já em andamento, o bairro de Vila Clementino (região sul de São Paulo), logo concentrará dois desses equipamentos.
Têm pistas classe 1 o estádio João Havelange (aquecimento e competição), no Rio, a pista do Sesi, em Uberlândia, e o complexo esportivo do Ibirapuera, controlado pelo governo do Estado. É praticamente ao lado deste último, no Centro Olímpico do Ibirapuera, que será instalada a nova pista, que será custeada pelo município.
Apesar de o envelope com a proposta da única concorrente -a Lisonda- ser aberto somente no dia 30, a estimativa da Secretaria Municipal de Esportes é que o custo final da obra fique entre R$ 3 milhões e R$ 3,5 milhões.
A secretaria justifica a construção da pista, mesmo tão próxima do Ibirapuera, sob o argumento de que a outra já existente é do Estado, enquanto o município ainda não conta com um equipamento desse porte.
""A utilização [da pista do Ibirapuera] é grande", comentou Claury Santos Alves da Silva, secretário de Esporte do Estado. ""O pessoal do Projeto Futuro e o pessoal da BM&F treinam lá", complementou Silva, ao citar a equipe de atletismo do patrocinador que financiou a pista.
"Até dá para todo mundo usar [a pista do Ibirapuera], só que aí os horários de uso teriam de ser muito bem escalonados", finalizou Silva.
Barrado eventual imprevisto, as obras têm previsão para ter início no próximo mês e deverão ser concluídas em cerca de quatro meses.
O circuito será reconstruído, com o acréscimo de mais duas raias (são seis raias hoje). Os alambrados serão substituídos, e o sistema de drenagem e captação de água, refeitos, pois, além da pista, o campo, hoje em dia usado pelo futebol, passará a ser utilizado pelos atletas.
Farão parte do complexo ainda pista de aquecimento, barreiras e gaiola. (EO)

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