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MEMÓRIA
Vizinhos voltam a tratar o torneio como no passado
DA REPORTAGEM LOCAL
Como na maioria das edições
da Copa América, a Argentina
voltou a encarar a disputa com
vontade, como algo importante. E o Brasil, como em alguns
anos, voltou a pôr em segundo
plano a disputa continental.
A diferença no histórico dos
dois países no torneio é gritante. A Argentina tem 14 títulos,
mais de duas vezes o número
de conquistas brasileiras (6).
Os dois países se enfrentaram
30 vezes pelo torneio continental, e os argentinos ganharam
metade desses jogos -o Brasil
tem só oito vitórias. Um dos
motivos que explicam essa
grande superioridade argentina é a demora do Brasil em organizar seu futebol -na primeira metade do século 20, a
seleção foi muitas vezes presa
fácil para os rivais, que não sofriam com cisões ou bairrismo.
Até 1949, o Brasil tinha só três
títulos, todos conquistados em
casa. Já tinham sido realizadas
21 edições, e a Argentina já ostentava nove troféus, rivalizando apenas com os uruguaios.
Os principais nomes do futebol brasileiro, como Pelé, Garrincha, Didi, Zizinho e Friedenreich, jogaram a Copa América, mas nem sempre eram convocados. No auge do futebol
nacional, o Brasil se acostumou
a enviar seleções alternativas.
Em 1963, um ano depois do
bicampeonato mundial, por
exemplo, o time brasileiro que
perdeu da Argentina por 3 a 0 e
que acabaria vice-campeão tinha essa escalação: Silas; Jorge
(Massinha), Cláudio, Procópio
e Geraldino; Ilton Vaccari e
Tião Macalé; Almir, Flávio,
Marco Antônio e Oswaldo.
Pelé disputou só a Copa
América de 1959, quando a Argentina ficou com o título pela
quinta vez em cima do Brasil.
No final dos anos 90, com o
torneio já no atual formato, o
Brasil foi um dos poucos países
que deram valor à Copa América. Em 1999, jogou com força
máxima, diferentemente de
quase todos os adversários. Ficou com a taça com facilidade.
Neste ano, o Brasil foi com
uma equipe B, mas bem forte
-tem atletas de Benfica, Roma, Bayer, Manchester United,
Inter de Milão, Arsenal, Valencia e Stuttgart.
(RBU)
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