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SEMIFINAIS/ ONTEM
Time decide Copa do Mundo tendo sofrido só 1 gol em seis jogos no torneio
Defesa alemã iguala recorde e empurra seleção à final
PAULO COBOS
ROBERTO DIAS
ENVIADOS ESPECIAIS A SEUL
A Alemanha vai à final, e leva
para a decisão uma defesa que
igualou um recorde histórico.
Com a vitória por 1 a 0 sobre a
Coréia do Sul na semifinal, os alemães completaram suas seis primeiras partidas na Copa tendo
sofrido um único gol, da Irlanda,
na primeira fase. A média, de 0,17
por jogo, é a mesma da Holanda
no caminho para a final de 1974.
"Nós tomamos um gol em seis
jogos, e isso diz tudo", afirmou o
volante Hamann sobre a defesa.
Ontem, em Seul, a Alemanha alterou sua zaga. Trocou a linha de
três jogadores atrás pelo 4-4-2.
"Foi o nosso forte. Temos ido
bem com três zagueiros, mas é diferente para cada jogo. Mostramos que podemos ser flexíveis
com nossa estratégia de jogo",
disse o defensor Metzelder.
O time alemão, que chega à sua
sétima final de Copa do Mundo,
superou ontem também uma
multidão de 65 mil sul-coreanos.
Mesmo com o volume da torcida estampado no placar (que tinha uma espécie de "termômetro" da gritaria), o goleiro Oliver
Kahn pediu para começar defendendo bem diante dos Red Devils,
a grande torcida organizada do rival, postada atrás de seu gol.
Neste primeiro tempo, os dois
times fizeram um duelo equilibrado, sobretudo porque as duas defesas estiveram bem.
A balança mudou a favor dos
alemães quando Choi Jin-Cheul,
que havia se contundido em no
primeiro tempo, saiu do campo 11
minutos após o intervalo.
A defesa sul-coreana perdeu a
sintonia, abrindo espaço para os
alemães mais que dobrassem o
número de finalizações no segundo tempo, chegando a 17.
Quem se aproveitou mesmo foi
Ballack, que marcou o gol que decidiu o jogo. Um cruzamento rasteiro de Neuville pegou o meia tão
livre dentro da área que ele pôde
chutar primeiro com o pé direito
e, após a defesa de Lee Woon-jae,
com o esquerdo, para marcar.
"Acho que nossos zagueiros cometeram alguns erros hoje", afirmou o volante Yoo Sang-chul.
A vitória sobre os sul-coreanos
foi o sexto capítulo de uma campanha em que a Alemanha enfrentou times das cinco confederações que estão na Copa.
No mata-mata, três vitórias por
1 a 0 bastaram para os alemães
manterem uma escrita que eles
próprios inauguraram em 1954:
desde então, sempre há ao menos
uma seleção européia na final. No
domingo, o time de Ballack, que
antes do torneio estava bem distante das listas de favoritos, vai
buscar seu quarto título.
Já o técnico Rudi Vöeller, que
assumiu o comando de forma interina e surpreendentemente acabou permanecendo, tenta igualar
um feito alcançado apenas por
Franz Beckenbauer e Mario Jorge
Lobo Zagallo: ser campeão mundial como jogador e treinador.
Para o atacante Klose, que uma
atuação apagada ontem, a final
será um capítulo da disputa pela
artilharia. Ele está empatado com
Rivaldo e Ronaldo -cinco gols.
De qualquer forma, Klose, uma
revelação de 24 anos, já simboliza
uma história de sucesso para os
alemães. Esta é a primeira vez na
história que um futuro organizador do Mundial consegue colocar
sua seleção na final da edição anterior à que irá abrigar. Para quem
mandou à Ásia uma equipe renovada, de forma a se preparar para
o torneio em casa, o domingo
promete, e 2006 também.
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