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história viva
Havelange admite armação em Copas
Presidente de honra da Fifa diz que Mundiais de 66 e 74 favoreceram donos da casa, mas nega ajuda à Argentina em 78
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Hoje faz 30 anos que João
Havelange fechou sua primeira
Copa como presidente da Fifa,
um Mundial suspeito, mas que
não teve armações, segundo o
dirigente. O brasileiro que ficou
mais de duas décadas à frente
da máxima entidade do futebol,
porém, diz, categoricamente,
que as Copas de Inglaterra e
Alemanha, em 66 e 74, foram
direcionadas aos anfitriões.
A poucos dias de ver o cinqüentenário de sua primeira
conquista de Copa, uma vez
que era o presidente da CBD
(Confederação Brasileira de
Desportos, que deu lugar à
CBF) em 1958, Havelange recebeu a Folha em seu escritório
para tratar do épico título, mas
falou de diversos assuntos.
Contou como livrou um preso político (um amigo de família) da morte na Argentina de
Videla, e apontou Ricardo Teixeira, ex-genro que preside a
CBF, como sucessor de Joseph
Blatter na presidência da Fifa
em 2015, um ano depois da Copa do Mundo no Brasil.
Aos 92 anos, o dirigente se
dedica fortemente agora a fazer do Rio de Janeiro a sede da
Olimpíada de 2016. Tem aproveitado seus vários contatos
mundo afora (em especial na
África, na Ásia e nas Américas)
para trazer os Jogos para o Brasil, embora reconheça que não
é tão fácil por causa da força
que a Europa tem no COI (Comitê Olímpico Internacional).
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