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Fidel cita "máfia" e faz defesa de chute na cara
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-ditador cubano Fidel
Castro publicou artigo no qual
colocou a culpa pelo mau desempenho dos atletas de seu
país na Olimpíada de Pequim à
"máfia e a arbitragem", mas fez
questão de ressaltar que o esporte no país tem de ser revisto.
"Não sou obrigado a ficar
quieto por causa desta máfia.
Ela foi feita para burlar as regras do Comitê Olímpico Internacional", disse Fidel, que completou 82 anos durante os Jogos em que seu país ficou na 28ª
posição no quadro de medalhas
(2 ouros, 11 pratas e 11 bronzes).
Sobre o boxe, esporte em que
Cuba tem enorme tradição, o
ex-mandatário afirmou que
seus atletas foram injustiçados.
"Eu vi os árbitros roubando
descaradamente durante as lutas de dois cubanos nas semifinais", afirmou ele. "Nossos pugilistas até tinham chances de
vencer, mesmo com os juízes,
mas foi inútil. Eles estavam
condenados de antemão."
Em seu artigo, Fidel ainda
aproveitou para defender Angel Alodia, do taekwondo, que
chutou o rosto de um juiz em
Pequim e foi banido do esporte.
"Ele ficou assombrado com
uma decisão que lhe pareceu
injusta, protestou e acabou
agredindo o árbitro. Mas tinham tentado comprar seu
treinador um pouco antes. Angel estava predisposto e indignado", declarou Fidel. "Angel
não conseguiu se conter. Temos de ter total solidariedade
com ele e com seu treinador."
Afastado do poder desde
2006, ele pediu medalha de ouro de honra aos atletas cubanos
e que sejam revistos "cada disciplina, cada recurso humano e
material" dedicado ao esporte.
"Dormimos sobre nossas
conquistas. Sejamos honestos e
reconheçamos. Não importa o
que digam nossos inimigos. Sejamos sérios e profundos nas
análises e ao aplicar idéias, conceitos e conhecimentos."
Com agências internacionais
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