DA ENVIADA A BRASÍLIA

Encarar o caos na Davis em meio à crise parecia loucura. Principalmente para tenistas com rankings modestos, candidatos ao rebaixamento.
Mas para Ronaldo Carvalho (439º do mundo), Alessandro Camarço (541º), Leonardo Kirche (691º) e Gabriel Pitta (734º), escolhidos pelo capitão Kirmayr, foi a melhor experiência de suas carreiras.
Durante uma semana, eles foram acompanhados por Kirmayr e seus técnicos particulares. Tiveram preparador físico a postos, cuidados com alimentação, trabalho com estatísticas, itens distantes de sua realidade nômade. Normalmente, viajam sozinhos e racham despesas entre si.
"Eles nunca foram tão mimados", disse o capitão.
"Foi uma semana maravilhosa, com um técnico que me mostrou coisas novas. Nunca havia enfrentado alguém tão bom", disse Gabriel Pitta, 24, que perdeu de Luis Horna, 34º do mundo. Como ele, Ronaldo Carvalho, 25, também estreou em uma disputa de cinco sets -eles costumam jogar torneios em melhor de três.
Os jogadores acreditam que o Brasil podia ter ido melhor, mas evitam falar sobre os problemas políticos. "É uma pena [o rebaixamento]. Pegamos o negócio quente e tentamos fazer o melhor", disse Pitta.(ML)

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