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Benefício foi dado a ministro e ex-secretária, mas não a prefeito, deputados e outras autoridades
COB convidou 17, mas só bancou Queiroz e Paula
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Dezessete autoridades integraram a missão brasileira no Pan de
Santo Domingo, mas apenas duas
tiveram suas despesas pagas pelo
Comitê Olímpico Brasileiro: o ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, e Paula, então secretária de
Alto Rendimento da pasta.
Os demais, de acordo com o
COB, estiveram no Pan por conta
própria ou à custa de suas entidades. Entre eles, estão políticos e
funcionários da Prefeitura do Rio
e do próprio ministério.
Na quarta-feira, quando Paula
tornou público que sua hospedagem e a do ministro haviam sido
pagas pelo COB, apesar de os dois
terem levado verbas do ministério
para as diárias, o comitê informara que teve de bloquear apartamentos do hotel e fazer os pagamentos dos quartos para garantir
lugar para as autoridades.
Afirmara ainda que considerava
o ministro integrante da delegação brasileira e por isso não pedira ressarcimento ao ministério.
Agora, no entanto, reconhece
que o procedimento beneficiou
apenas Queiroz, que esteve duas
vezes em Santo Domingo durante
o período dos Jogos, e Paula.
O prefeito Cesar Maia e o secretário municipal de Esporte e Lazer, Ruy Cezar, tiveram suas despesas pagas pela Prefeitura do
Rio, que será sede do Pan-2007.
Três subordinados de Queiroz
que também participaram da
missão não foram beneficiados
pelo COB. O então secretário-executivo, Gil Castello Branco, o assessor Luiz Fernando Veronez e o
diretor de Alto Rendimento, André Arantes, pagaram a hospedagem com as verbas que receberam do governo federal.
A relação das autoridades que
integraram a missão, mas não foram beneficiadas pelo COB, contou também com os deputados federais Gilmar Machado (PT-MG), Ivan Ranzolin (PP-SC) e
Augusto Nardes (PP-RS), o deputado estadual Luiz Paulo Correa
da Rocha (PSDB-RJ) e o vereador
Alexandre Cerruti (PFL-RJ).
A secretária de Comunicação
Social da Prefeitura do Rio, Ágata
Messina, outra incluída na lista
das autoridades da missão, disse
que os funcionários da Prefeitura
bancaram suas contas no Pan. "A
minha hospedagem foi paga toda
antes da viagem, assim como a
dos demais", disse Messina.
Durante o Pan, nas duas vezes
em que a reportagem da Folha
contatou o setor de reservas do Jaragua em agosto, o hotel onde ficou hospedada a missão brasileira, havia quartos disponíveis. A
Tamoyo, agência oficial do COB
que fez o bloqueio de apartamentos para o comitê, recusou-se a
responder a perguntas do jornal.
Colaborou João Carlos Assumpção, da
Reportagem Local
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