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BASQUETE
Flamengo, que aposta na força da camisa, e Uberlândia, bancado por universidade, abrem a final do masculino
Nacional vê duelo de projetos na decisão
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais do que uma final que irá
consagrar um campeão inédito,
Flamengo e Uberlândia, que iniciam a decisão do Nacional masculino hoje, no Rio, põem à prova
dois projetos distintos de financiamento de times de basquete.
O clube carioca chegou à disputa do título após derrotar o Ajax,
por 97 a 85, anteontem, em casa,
fechando sua semifinal em 3 a 2.
"Agora vamos pensar no Uberlândia. Eles são favoritos, já que
nos venceram duas vezes na primeira fase. Mas não chegamos até
aqui à toa", afirma Emanuel Bonfim, treinador do Flamengo.
Seu adversário se classificou para sua segunda final há duas semanas, quando bateu o Mogi (83
a 72), na casa do adversário, e fechou seu mata-mata por 3 a 1.
No novo duelo, o Flamengo representa a tentativa de divulgar o
basquete atraindo a torcida identificada com equipes de futebol.
Tal projeto teve o seu auge no
Nacional de 2000, quando o próprio Flamengo foi derrotado na
decisão, por 3 a 1, por outro clube
de massa, o arqui-rival Vasco.
Na época, as duas equipes detinham quase o monopólio das estrelas do país na modalidade. O
Flamengo, comandado por Cláudio Mortari no banco e por Oscar
na quadra, contava também com
Ratto, Caio Cazziolato, Pipoka e
Josuel, além dos estrangeiros
Robyn Davis e Greg Newton.
Já o Vasco, de Hélio Rubens,
que hoje dirige o Uberlândia, tinha em seu elenco Demétrius,
Helinho, Rogério e Sandro Varejão. Também reforçavam o grupo
o norte-americano Charles Byrd e
o dominicano José Vargas.
"Fizemos grandes decisões contra o Flamengo. A mais empolgante foi aquela no Maracanãzinho [vitória por 110 a 103, após
prorrogação]. Será interessante
enfrentá-lo novamente na final. É
um clube de massa, que sempre
chama atenção e motiva os jogadores", analisa Hélio Rubens.
O projeto em que o ex-técnico
da seleção brasileira hoje está enquadrado é bastante diverso. O
Uberlândia tem o patrocínio de
uma universidade, a Unit.
O time mineiro é o maior investimento atual no basquete do
Grupo Universo (Universidade
Salgado de Oliveira). Neste ano, a
instituição de ensino apoiou cinco times na disputa -Uberlândia, Ajax, Minas, Brasília e Campos. Dois foram semifinalistas.
"Não precisa nem ser campeão.
Quero é dar visibilidade para a
universidade", costuma dizer
Wellington Salgado de Oliveira,
presidente da companhia.
Se o basquete ajudou a Universo a se projetar nacionalmente, o
título do Nacional consolidará
um projeto que começou em
1997, com o próprio Uberlândia.
No ano passado, quando os times universitários tiveram seu
auge -todos os semifinalistas
eram bancados por empresas de
educação-, o Uberlândia chegou perto do título. Na final, porém, perdeu para o Ribeirão Preto, mantido pelo COC, por 3 a 1.
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