São Paulo, domingo, 27 de julho de 2003 |
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pan 2003 Agora é que são elas
MARIANA LAJOLO DA REPORTAGEM LOCAL Cabelos arrumados, batom nos lábios, roupas impecáveis. É assim que o Brasil pretende alcançar os pódios de Santo Domingo. As mulheres chegam aos Jogos Pan-Americanos da República Dominicana, que começam na sexta-feira, como as principais atrações da equipe brasileira. Serão 189, um recorde, na maior delegação do país na história da competição: 479 atletas. E elas carregam a expectativa de terem de novo um papel fundamental na campanha brasileira. Surpresas em Winnipeg-99, as mulheres conquistaram 36 medalhas, entre provas femininas e mistas, e foram as principais responsáveis pelo êxito da missão do Brasil: superar o número de pódios em um Pan, os 85 de Mar del Plata-1995. Ao fim da competição no Canadá, o país alcançou 101 medalhas no quadro geral. Na República Dominicana, as mulheres ganharam mais espaço e irão competir em 34 das 37 modalidades com representantes brasileiros. Elas estréiam na luta e voltam ao futebol e à canoagem. Para que o exército feminino transforme esses números em medalhas, espera-se muito de estrelas como Maurren Maggi, 26, e Daniele Hypólito, 18. A primeira foi bronze no salto em distância no Mundial indoor de Birmingham (Inglaterra), em março, e detém cinco das seis melhores marcas da prova no ano. A segunda foi prata no solo no Mundial de Ghent (Bélgica), há dois anos. A ginasta terá também a companhia de cinco atletas da seleção permanente, montada com a verba da Lei Piva, que destina dinheiro de loterias federais ao esporte. Espera-se delas mais de dez medalhas. Em Winnipeg, foram três. Outras atletas, que foram alçadas à condição de estrelas pelos resultados obtidos no Canadá, buscam afirmação agora. A equipe da ginástica rítmica desportiva tentará não ofuscar o brilho da inédita medalha de ouro conquistada no último Pan ao som do xaxado. Em Santo Domingo, usará um samba-dance e uma música do filme brasileiro "No Coração dos Deuses". "A GRD nasceu depois daquele Pan. Muitas meninas passaram as procurar as escolinhas", conta a técnica Natália Laffranchi, que, nos Jogos de Sydney-2000, levou o país à primeira final olímpica -obteve a oitava colocação. Repetir o ouro de Winnipeg é também a missão do handebol. Outras atletas brasileiras, como a atiradora Nathália Vasconcellos e a esgrimista Élora Patarro, ambas de 17 anos, chegam como promessas de destaque em esportes de pouca tradição no país, principalmente entre as mulheres. Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Atletas-musas vão do pódio à passarela Índice |
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