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Fórmulas esdrúxulas alongam Estaduais
DA REPORTAGEM LOCAL
Em alguns Estados brasileiros,
o capítulo do Estatuto do Torcedor que manda os clubes profissionais terem atividades por praticamente toda a temporada está
bem perto de ser cumprido.
Com fórmulas esdrúxulas, principalmente no Nordeste, alguns
campeonatos estaduais, apesar do
pequeno número de participantes, já têm quase ou até mais de
seis meses de disputa.
O caso mais emblemático acontece em Pernambuco. Mesmo
com Sport, Náutico e Santa Cruz
na segunda divisão do Brasileiro,
a federação local organiza o mais
longo campeonato entre os Estados mais tradicionais da bola.
A competição, que teve apenas
dez agremiações, começou em 25
de janeiro -ou seja, há mais de
seis meses. Depois de três turnos,
sendo que no terceiro ainda aconteceu uma fase classificatória,
Sport e Santa Cruz começam a decidir o título nesta semana.
Cada um dos finalistas, mesmo
com compromissos pela Série B e
Copa do Brasil, já fez 26 partidas
pelo Pernambucano. Pelo calendário oficial da CBF, os Estaduais
só poderiam ter 12 rodadas -São
Paulo teve apenas 11.
Em outros lugares, apesar de
equipes e rendas ainda mais modestas, a situação é a mesma.
No Maranhão, Estado que vai
ter sete equipes na próxima Série
C do Brasileiro, o campeonato local se arrasta desde março -o
fim dele está previsto para o início
do próximo mês.
Para deixar 12 clubes em atividade por tanto tempo, foi criada
uma fórmula com dois turnos,
com grupos de quatro equipes,
repescagem e jogos eliminatórios
de ida e volta a partir das quartas-de-final de cada um dos turnos.
Na Paraíba, outro Estado nordestino, a situação é bastante parecida. Os dez clubes da primeira
divisão disputam o título também
desde março. A competição ainda
está na fase de semifinais do segundo turno. Pelo regulamento, o
time campeão poderia realizar até
26 partidas.
Mas em termos de maratona
ninguém ganha de Sergipe.
Apesar de pequeno, o Estado
conseguiu reunir 14 equipes na
sua primeira divisão, o que proporcionou o mais longo Estadual
de todo o país.
O Sergipano-2003 começou no
final de janeiro e só vai acabar
perto do fim de agosto.
Para levantar a taça, dependendo dos resultados de cada fase, o
campeão pode entrar em campo
inacreditáveis 40 vezes.
Mais espaço
Enquanto os Estados menos importantes no cenário da bola fazem seus campeonatos sem se importar com o calendário nacional,
as unidades da federação mais
tradicionais já articulam para revitalizar suas competições.
Na sua campanha para nova
reeleição no Rio, Eduardo Viana
promete esticar o prazo de disputa do seu Estadual.
Em São Paulo, cuja federação
sempre gosta de alardear a rentabilidade do Paulista, os cartolas
também prometem um campeonato mais longo na próxima temporada.
(PAULO COBOS)
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