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NATAÇÃO
Russo ganha 50 m livre com recorde do Mundial e diz que ainda não sabe o que fará após os Jogos de Atenas-04
Após 3º ouro, Popov descarta se aposentar
MARCELO SAKATE
DA REPORTAGEM LOCAL
Onze anos mais velho, mas ainda o mais rápido do mundo. O
russo Alexander Popov, 31 anos e
oito meses, venceu ontem os 50 m
livre no Mundial de Barcelona.
Foi a terceira medalha de ouro
do nadador na competição. Ele já
havia triunfado nos 100 m livre e
no revezamento 4 x 10 m livre.
A volta à rotina de vitórias, que
ajudaram a Rússia a alcançar a segunda colocação no Mundial
-os EUA lideram-, levou Popov a revelar que está reconsiderando a decisão de deixar as piscinas após a Olimpíada-2004.
"Ainda não tomei nenhuma decisão sobre o que farei depois de
Atenas", disse o nadador, que, patrocinado há nove anos pela multinacional suíça Ômega, já acertou para ocupar um cargo na empresa quando se aposentar.
Coincidentemente foi em Barcelona, durante a Olimpíada de
92, que Popov despontou mundialmente. Na ocasião, ele venceu
os 50 m e os 100 m livre e foi segundo nos revezamentos 4 x 100
m livre e 4 x 100 m medley.
Ontem, ganhou com 21s92, um
centésimo acima da marca de
1992, e quebrou pela terceira vez
em dois dias o recorde da competição. O inglês Mark Foster levou
a prata, e o holandês Pieter van
den Hoogenband, o bronze. Anteontem, nas eliminatórias e nas
semifinais, Popov já se tornara o
primeiro na história dos Mundiais a baixar dos 22 segundos.
Ele ainda detém o recorde histórico dos 50 m livre, com o tempo
de 21s64, marca obtida em 2000.
No último domingo, Popov ganhou seu primeiro ouro em Barcelona, no revezamento 4 x 100 m
livre. Na quinta, levou seu terceiro
ouro em Mundiais nos 100 m livre, à frente de Hoogenband, 25, e
do australiano Ian Thorpe, 20, astros da nova geração. Com 48s42,
baixou em seis décimos o tempo
que ele mesmo registrou para ganhar o ouro olímpico há 11 anos.
Com a vitória, o russo encerrou
uma série de eventos a partir de 96
-ele foi esfaqueado em uma briga de rua-, em que seguiu entre
os melhores, mas não no topo.
Em 98, obteve a prata nos 50 m
livre no Mundial de Perth e, em
Sydney-00, perdeu a chance do
inédito tri olímpico. Em 2001, não
foi ao Mundial por estar doente.
Ontem, o Mundial ainda registrou a inesperada prata do americano Michael Phelps, 18, na final
dos 100 m borboleta. Ele havia
quebrado quatro recordes mundiais e obtido dois ouros, mas foi
superado pelo compatriota Ian
Crocker, 20, que obteve a melhor
marca da história, com 50s98.
"Odeio perder, mas a derrota
me incentivará", disse Phelps, que
nada hoje, último dia do Mundial,
a final dos 400 m medley.
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