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PINGUE-PONGUE
Para Penske, categoria deve acabar em 1 ano
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos criadores da Indy e o
primeiro dos grandes a abandoná-la, Roger Penske, 65, diz
que um dos principais motivos
da crise que a categoria vive hoje foi a indecisão dos dirigentes.
"Chegamos num ponto em
que não sabíamos o que seria",
conta o dono da Penske, que já
correu até na F-1.
(TC)
Folha - Você acha que existe
espaço para a Indy e a IRL?
Roger Penske - Acho que não
dá para comparar as duas. A
IRL só corre em ovais, as especificações dos carros são diferentes. Acho que o ideal seria
ficar com uma categoria só.
Folha - Em quanto tempo isso
deve acontecer?
Penske - Acho que a Indy não
dura mais que 12 ou 18 meses.
Folha - O que teria causado a
crise que a Indy atravessa?
Penske - A indecisão prejudicou muito a categoria. Não sabíamos o que fazer. Ficamos
esperando. E não dá para correr em uma categoria em que
não se sabe quais são as regras.
Folha - Por que você decidiu levar sua equipe para a IRL?
Penske - Minha decisão foi
baseada no meu patrocinador
[Phillip Morris". Automobilismo é um negócio e temos que
olhar para o lado comercial.
Fora isso, acho que as coisas
mudaram muito na Indy.
Folha - Isso deve acontecer
com outros times também?
Penske - Acredito que sim. O
que vai acontecer com a Indy é
a falta de carros no grid. A categoria vai deixar de ser rentável
para os patrocinadores, e eles
decidirão o futuro dela.
Folha - Você se sente responsável de alguma forma pelo momento atual da Indy?
Penske - Não. Já fazia algum
tempo que não estava envolvido nas decisões. Acho que se a
Indy não é forte para se manter
sem um time, eles devem olhar
sua estrutura. Eles não tiveram
problemas para dispensar Michigan, Miami e Nazareth [pistas de sua propriedade". Não
me arrependo de nada.
Folha - Você investiu muito
tempo e dinheiro na Indy. Não
dói vê-los assim?
Penske - Honestamente, demos muito à Indy por muito
tempo. Fui criticado por não
correr em Indianápolis porque
estava do lado da Cart. E faria
tudo de novo se fosse hoje.
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