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memória
Carioca virou potência com "atleta turista"
DA REPORTAGEM LOCAL
Última potência olímpica
como clube, em Sydney-2000, o Vasco conseguiu 41%
da equipe olímpica do Brasil
com atletas que nem sequer
freqüentavam o clube.
De curto prazo, com interesse específico na Olimpíada, o modelo gerou diversas
ações trabalhista por descumprimento de contratos,
já que o Vasco deixou de pagar atletas assim que os Jogos acabaram.
Na ocasião, a diretoria vascaína contratou 84 atletas,
desde as jogadores de vôlei
de praia Adriana Behar e
Shelda até o nadador Gustavo Borges. Isso numa época
em que a delegação brasileira
tinha 205 competidores.
A maioria desses atletas só
tinha vínculo com o clube
por usar o símbolo durante
competições e receber salários vultosos. O Vasco inchou
o mercado ao oferecer valores que não eram compatíveis com o mercado.
Foi impulsionado pelo dinheiro recebido na parceria
com o Nations Bank, que investiu no clube e depois rompeu. Na época, usou em torno de R$ 14 milhões só no
início do projeto olímpico.
Foi um investimento paralelo ao que aconteceu no futebol, em que o clube também pagava os maiores salários do país, com nomes como Romário e Edmundo.
Ocorria quando o então
presidente do Vasco, Eurico
Miranda, desenvolvia carreira na política, tendo sido
eleito para um mandato de
deputado federal. Perdeu a
eleição seguinte.
Nos Jogos, o cartola desfilava por Sydney para falar
com seus atletas e divulgar o
nome do Vasco. E chegou a
criar atritos com o COB.
Após a Olimpíada, longe
dos holofotes, Eurico cortou
o salário de quase todos os
atletas. Isso gerou uma massa de processo trabalhistas
que até hoje não foram pagos
pelo clube, já que foi caracterizado um vínculo trabalhista com os atletas.
Contribuiu para a confusão o fracasso da parceria
com o Nations, o que gerou a
penúria vascaína.
(LF E RM)
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