São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2008 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
poderosas Zé Roberto já vislumbra hegemonia
Treinador que levou seleções masculina e feminina ao ouro olímpico diz que brasileiras podem dominar modalidade
GIULLIANA BIANCONI DA REPORTAGEM LOCAL O técnico que levou o vôlei do Brasil ao primeiro ouro olímpico, em 1992, em Barcelona, com a equipe masculina, não foi o mesmo que estava no comando do time quando este passou a exercer a hegemonia no cenário mundial da modalidade. Mas, com a seleção feminina, que na Olimpíada de Pequim também conquistou um título inédito, José Roberto Guimarães pretende fazer o percurso completo. Ontem, no retorno ao Brasil, o técnico afirmou que as atletas que chegaram ao ouro na China estão preparadas técnica e psicologicamente para reeditarem o sucesso do vôlei masculino. E avisou: "Serei fiel às mulheres". Zé Roberto destaca que é gratificante comandar uma equipe feminina. "Quando elas fecham um grupo e se entregam de corpo e alma, é a melhor coisa do mundo. Vale todo o esforço. Em Pequim, foi isso o que aconteceu", diz o treinador. O time que esteve "fechado" nos Jogos, porém, sofrerá baixas importantes. A capitã e levantadora Fofão, considerada pelo técnico "a alma" da equipe, fez na final olímpica o seu jogo de despedida da seleção. A meio-de-rede Walewska, que havia retornado à seleção, ao lado de Fofão, em 2006, acompanha a colega mais uma vez e também se despede. "Vamos passar por algumas mudanças importantes. Trocar a levantadora é trocar o coração de uma equipe, mas ainda assim temos potencial para conseguir os títulos que iremos buscar", afirmou o treinador. O mais importante deles já tem data para acontecer. Empolgado com a conquista do ouro olímpico, Zé Roberto avisa que "falta o Mundial", referindo-se ao torneio que será realizado daqui a dois anos. No masculino, o Brasil foi a primeira equipe sul-americana a conquistar o título mundial e a primeira seleção das Américas a chegar ao bicampeonato. Caso o vôlei feminino consiga obter esse título, também sairá na frente, pois no campeonato em que a seleção feminina da Rússia já soma seis títulos (contando os conquistados pela ex-URSS), e Cuba e Japão detêm três, nenhuma equipe sul-americana triunfou. Zé Roberto visa títulos, mas não quer saber de competição com a seleção dirigida por Bernardinho. "A história daquela equipe é única. Vamos apenas continuar nosso trabalho, porque, em algum lugar, sempre vai ter alguém treinando mais do que a gente." A única comparação que o treinador se permitiu fazer com o masculino foi relacionada aos Jogos de Barcelona. Ele disse que, desde o momento em que chegou à Vila Olímpica, em Pequim, percebeu muitas semelhanças entre as edições de 1992 e 2008. "O comportamento das meninas era como o daqueles meninos, de muita solidariedade. Também havia um comprometimento com os horários, uma preocupação em poupar energia. O astral da comissão técnica era semelhante. Todo mundo brincava", avaliou. Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Após redenção, Mari se diz pronta para liderar Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |