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FUTEBOL
Médias caem em relação a 1999, quando o torneio também foi nos EUA
Público e gols definham na Copa do Mundo feminina
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Nada de estádios cheios e chuva
de gols. Mesmo sem mudar de sede em relação à última edição, a
Copa do Mundo feminina vê uma
queda brusca na sua artilharia e
no número de torcedores.
Nas duas rodadas iniciais, a média de ingressos vendidos por
partida no certame caiu 38,4%. O
tombo na rede balançando foi só
um pouco menor: 28,6%.
Em 1999, cada confronto das
duas rodadas iniciais teve, em
média, 31.696 torcedores presentes. Agora, essa marca foi de
19.509. Na artilharia, a média de
gols caiu de 4,37 para 3,12.
O público americano tem dado
as costas até para sua equipe. No
torneio que organizou e ganhou
em 1999, a seleção dos EUA teve
um público médio de quase 80
mil pessoas nas duas partidas iniciais. Agora, no mesmo número
de jogos, a média não chega a 35
mil ingressos vendidos.
Apesar do bom futebol, o Brasil
também não é acompanhado
agora como há quatro anos. O time da revelação Marta, 17, reuniu
nos dois confrontos iniciais 60 mil
torcedores. Em 1999, com Sissi
como destaque, teve mais do que
isso em sua partida de estréia.
Países com grandes colônias
nos EUA também jogam para estádios praticamente vazios. Mesmo tendo atuado até agora na Califórnia, onde está concentrada
boa parte da sua colônia, a China
tem a medíocre média de 12 mil
torcedores em suas partidas até o
momento na Copa-2003.
O público não dá as caras nos
estádios mesmo com verdadeiras
pechinchas para o padrão americano. Os ingressos mais baratos
custam, no site da Fifa, US$ 20.
O fã pagou isso na primeira fase,
em alguns casos, para entradas de
rodadas duplas, prática rara nos
torneios organizados pela entidade que controla o futebol.
Longe dos estádios, os americanos pelo menos se livram de ver
jogos com menos gols, isso em
um país que adora altas contagens. Antes comuns no futebol feminino, as goleadas começam a
rarear neste Mundial.
Das 16 partidas iniciais, só cinco
tiveram a marcação de pelo menos quatro gols. Em 1999, no mesmo número de confrontos iniciais, nove terminaram com mais
de três gols anotados.
Nesse caso, novamente as anfitriãs não colaboram. Nas duas
partidas inicias da campanha vitoriosa de 1999, as americanas
marcaram dez gols. Agora, ainda
são ofensivas, mas em menor escala -balançaram as redes oito
vezes em duas rodadas.
Sars e crise
O atual Mundial feminino só
acontece nos EUA pela epidemia
de Sars (síndrome respiratória
aguda grave) que abateu a Ásia.
A Fifa havia programado a
competição para a China e mudou de idéia no início do ano pelo
temor da contaminação das atletas e demais participantes.
Às vésperas do torneio, contudo, a doença já havia sido dada
como praticamente banida do
imenso território chinês. Mesmo
assim, a competição foi mantida
nos EUA, que passam por série
crise no futebol das mulheres.
Pouco antes da abertura do
Mundial-2003, a liga profissional
americana, onde jogava a brasileira Kátia Cilene, anunciou o fim
das suas atividades por falta de dinheiro e patrocinadores.
NA TV - Suécia x Nigéria, ao
vivo, às 14h, na ESPN Brasil
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