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São Paulo, domingo, 29 de junho de 2003

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FUTEBOL

Com a 4ª pior defesa do Nacional, Rojas aposta em dupla Jean/Júlio Santos, que permitiu só 1 gol nos últimos 2 jogos

Zaga são-paulina tenta manter a boa fase

DA REPORTAGEM LOCAL

Sem o ataque titular, com o meio desfalcado, mas preocupado com a estabilidade da defesa. Esse é o São Paulo que hoje, em Campinas, enfrenta o Guarani.
Júlio Santos e Jean passaram a formar a dupla de zaga titular de Roberto Rojas há duas rodadas. Desde lá, o time tem 100% de aproveitamento e praticamente cessaram as vaias contra Jean, o mais perseguido pela torcida. Mas a desconfiança em relação ao setor defensivo do clube não cessou.
O São Paulo tinha, até o começo da jornada, a quarta pior defesa do Nacional: 24 gols tomados em 14 jogos. Rendimento pior que o do último colocado, o Goiás, que tomou 23 gols até esta rodada.
Júlio Santos e Jean, a quarta dupla diferente desde que Rojas assumiu a vaga do demitido Oswaldo de Oliveira no começo de maio, melhoraram a média de gols sofridos: nesses dois jogos, o clube tomou só um gol (0,5).
O time não perdeu, mas os próprios atletas estão desconfiados.
"Não dá nem para falar em boa fase. Temos que continuar trabalhando porque, caso contrário, podemos ter problemas", disse Jean, que creditou a melhora atrás à mudança de seu posicionamento e de companheiro.
Jean disse se sentir "muito mais confortável" atuando do lado esquerdo da defesa. Também segundo ele, a dupla com Júlio Santos funciona muito melhor. "O Júlio é zagueiro de verdade, e o Gustavo Nery, que estava jogando bem na zaga e está bem no meio, é lateral. Naturalmente, saía muito mais para o jogo."
Júlio Santos também festejou a dupla, que antes do atual destaque havia sido desfeita por causa do mau rendimento na final do Paulista. "Fomos bem em todos os jogos que fizemos juntos, menos na final do Paulista contra o Corinthians. Isso acontece porque temos entrosamento desde as categorias de base", afirmou.
Rojas também não quer saber de esmorecimento. Apesar das duas últimas vitórias e da boa colocação no Brasileiro, resolveu não abrir mão de três volantes para proteger a defesa. Adriano, Fábio Simplício e o improvisado Gustavo Nery só têm permissão para sair ao ataque se os dois outros ficarem para defender a equipe de possíveis contra-ataques.
O time ainda ressente-se de não ter uma marcação tão eficiente quanto a que o técnico gostaria que tivesse. O rival de hoje, por exemplo, tem melhor performance do que o São Paulo nos fundamentos defensivos analisados pelo Datafolha neste Brasileiro.
A equipe de Rojas desarma, em média, apenas 114,9 vezes por partida. É o quarto pior time no quesito -o Guarani, com 133,2 desarmes em média, é o sexto melhor. Os são-paulinos perdem 42,4 bolas por jogo, enquanto a média do campeonato é de 37,5 -o time do técnico Pepe tem rendimento muito melhor: 30,3.
"Não é porque fomos bem que podemos deixar de ter atenção redobrada. Não podemos esquecer da importância desses três pontos [contra o Guarani], porque depois vamos jogar contra o Coritiba e contra o Fluminense fora de casa", disse o treinador, que se esqueceu de que o próximo compromisso do São Paulo será contra o São Caetano, no Morumbi.
Para manter o tabu de 17 anos sem perder para o Guarani em Nacionais (a última vez foi em 1996), Rojas terá que contar com o bom rendimento de Jorginho, que substitui o suspenso Fabiano, e do goleiro Rogério, que se recupera de forte gripe. (MARÍLIA RUIZ)


NA TV - Globo e Record, ao vivo, às 16h (apenas para São Paulo)


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