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São Paulo, domingo, 29 de junho de 2003

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AUTOMOBILISMO

Na Alemanha, finlandês conquista sua primeira pole e deixa irmãos Schumacher, heróis locais, para trás

Raikkonen e Mercedes quebram jejum

Loic Venance/France Presse
Kimi Raikkonen, Michael e Ralf Schumacher, os três primeiros no grid, respectivamente, deixam sala de entrevistas em Nurburgring


FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A NURBURGRING

Não poderia ser melhor para a Mercedes-Benz, que aproveitou o final de semana em Nurburgring para marcar posição e tentar ganhar ainda mais espaço na F-1.
Ontem, correndo em casa, a montadora alemã quebrou um jejum de mais de dois anos e conquistou a pole position. O responsável pela façanha foi Kimi Raikkonen. Hoje, pela primeira vez na carreira, o finlandês de 23 anos sairá na ponta de um grid.
A largada para o GP da Europa, nona etapa do Mundial, será às 9h (horário de Brasília), com TV.
Longe de ser um especialista em voltas lançadas -neste ano já largou três vezes em último lugar-, Raikkonen vibrou com uma alegria só vista antes em sua única vitória, no GP da Malásia.
Tinha motivos para isso. Último a entrar na pista, pressionado, bateu Michael Schumacher por apenas 0s032. O pentacampeão é seu principal -se não único- rival na luta pelo título deste ano.
Mais: o terceiro colocado, Ralf Schumacher, ficou a apenas 0s096 do tempo do finlandês.
É a menor diferença entre os primeiros colocados desde o GP Brasil, no começo de abril. Naquela ocasião, o quarto piloto no grid de largada (Raikkonen) ficou a apenas 0s059 do pole position (Rubens Barrichello).
"Fiquei surpreso, é claro. Minha última pole havia sido na F-Renault [em 2000], mas sinceramente não lembro onde. Lá, eu fazia pole em todas as corridas", disse Raikkonen, primeiro finlandês a conseguir uma pole desde que Mika Hakkinen largou em primeiro na Bélgica, em 2000.
A McLaren e a Mercedes-Benz também quebraram um jejum. Desde o GP de Mônaco de 2001 que o time não saía na frente. Na oportunidade, com David Coulthard, cada vez mais apagado -hoje larga apenas em nono.
Anteontem, no circuito alemão, a montadora aproveitou para anunciar que venderá seus motores para uma equipe em 2004. Com isso, buscou mais aproximação com a FIA (entidade máxima do automobilismo), que há tempos cobrava um atitude como essa das fábricas da F-1.
Vice-líder do Mundial, três pontos atrás de Schumacher, Raikkonen pode retomar a dianteira hoje caso vença a prova e Schumacher não seja o segundo.
Monossilábico, o alemão preferiu não falar muito sobre o treino, ontem. Preferiu se ater à situação do Mundial: "Sempre disse que esse campeonato não seria fácil."

NA TV - GP da Europa, na Globo, ao vivo, às 9h


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