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Nenê ganha conselho de colega que defende EUA
"Se é seleção, você tem que ir", afirma Carmelo Anthony
DA ENVIADA A MACAU
Quatro anos, dois torneios
importantes, dois fracassos. A
seleção de basquete dos EUA
chega ao fim do ciclo olímpico
com retrospecto desfavorável.
As quedas, porém, parecem ter
mexido com os brios da equipe.
Os norte-americanos pisaram ontem na China dispostos
a fazer jus ao apelido de Dream
Team, ansiosos pela conquista
do ouro e por defender as cores
de seu país. O clima ficou evidente nas palavras de Carmelo
Anthony. Parceiro de Nenê no
Denver Nuggets, o jogador foi
enfático ao defender a participação na seleção. O brasileiro
foi um dos atletas que alegaram
problemas físicos para não disputar o último Pré-Olímpico
-o Brasil ficou fora de Pequim.
Os EUA contam com suas
principais estrelas da NBA.
"São duas coisas completamente diferentes [jogar pelo
clube e pela seleção]. Quando
estou na seleção, eu não me represento, represento minha família, a cidade em que nasci, a
cidade em que jogo, meu país.
Então, se dão a você a chance de
jogar pela seleção, você tem de
ir. O seu time vai estar sempre
lá", afirmou Carmelo.
A entrevista foi concedida
ontem, no Venetian Resort, onde os EUA participam de um
desafio contra Turquia e Lituânia, amanhã e na quinta-feira.
O principal assunto foram os
últimos fracassos do time. Após
levar à quadra o Dream Team
em Barcelona-1992 e conquistar três medalhas de ouro olímpicas consecutivas, os EUA
amargaram o bronze em Atenas-2004. Em 2006, foram
bronze no Mundial.
Em praticamente todas as
respostas, técnico e jogadores
repetiram que estão motivados
para a Olimpíada. Em entrevista à revista "Time", LeBron James, já recuperado de lesão no
tornozelo, prometeu o ouro.
"O basquete tem explodido
no mundo, os times estão cada
vez melhores. Muitas das equipes que iremos enfrentar têm
titulares de times que disputam
a NBA. Mas todos estão confiantes. A equipe está junta há
três anos e, desde o primeiro
treino, só melhora", disse o técnico Mike Krzyzewski.
Desde o último fracasso, os
EUA decidiram tentar acabar
com um dos principais problemas do Dream Team: a falta de
entrosamento. Jogadores que
quisessem ir a Pequim teriam
de participar dos principais
compromissos da seleção. E o
acordo, com bem poucas exceções, tem sido cumprido.
"Esses jogos aqui [em Macau] e em Xangai serão a grande
chance de testarmos nosso nível", afirmou Krzyzewski, que
comemorou seu grupo em Pequim, com Angola, China, Espanha, Alemanha e Grécia.
"Gostei do nosso grupo. Vamos focar cada oponente de
uma vez. Queremos o ouro, por
isso não podemos pensar que
um jogo é melhor que outro."
(MARIANA LAJOLO)
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