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SAIBA MAIS
Na Olimpíada mais feminina, mulheres escrevem a história
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
Atenas marcou mesmo a
Olimpíada das mulheres. E algumas surpreenderam.
Uma delas adiou o projeto
da canoísta alemã Birgit Fischer de entrar no seleto grupo
de atletas com nove ouros e
protagonizou uma façanha.
Uma hora antes de superar a
alemã, a húngara Natasa Janics, 22, conquistara o título na
prova K1 500. Esse triunfo impediu o tri de outra veterana, a
italiana Josefa Idem, 39.
Outra oriunda do Leste Europeu que dominou o pódio
foi a ucraniana Yana Klochkova, 22, que já atuou em competições no Brasil. Ela é a primeira nadadora a obter o bi olímpico em duas provas individuais (200 m e 400 m medley,
as mesmas em que havia triunfado no último Mundial).
O judô também registrou
um bicampeonato inédito, da
japonesa Rioko Tani, 28, na categoria ligeiro (até 48 kg). Na
meio-pesado (até 78 kg), o país
oriental ainda teve uma judoca
fazendo história. Após ter sido
derrotada na estréia nos dois
Jogos anteriores, a tetracampeã mundial Noriko Anno, 27,
triunfou. Na semifinal, ainda
protagonizou a luta mais longa
da história do judô
olímpico (9min41s),
contra Celine Lebrun
(FRA), que havia tirado Edinanci Silva
da luta pelo ouro. O
ouro rendeu a Anno
uma promoção na
polícia de Tóquio,
onde trabalha.
Diferentemente
das japonesas, que
eram favoritas, a dupla chinesa campeã
no tênis surpreendeu. Ting Li, 24, e
Tian Tian Sun, 22,
perderam só um set
no torneio, na estréia, para Chanda
Rubin e Venus Williams, dos EUA. Na
final, bateram as espanholas Virginia
Ruano-Pascual e
Conchita Martinez,
cabeças-de-chave
número dois. O melhor resultado da dupla até então era a
terceira rodada do
Aberto da Austrália.
Outra surpresa foi
no atletismo. Sem
Kostas Kenteris, coube a Fani Halkia, 25,
salvar a honra grega.
Ela venceu os 400 m com barreiras e estabeleceu novo recorde olímpico (52s77).
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