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FUTEBOL
Para a equipe da Vila, partida mais importante será a contra o Corinthians, rival direto na luta pela classificação
Santos menospreza jogo com o Palmeiras
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
O clássico de hoje, às 17h, na Vila Belmiro, vale três pontos. O de
quinta-feira, contra o Corinthians, no Pacaembu, vale seis.
Esse, pelo menos, é o raciocínio
de boa parte dos jogadores santistas, que nitidamente consideram
a partida de hoje menos importante do que a que terão depois.
"É lógico que o Palmeiras merece todo o respeito, mas será mais
importante vencer o Corinthians,
que é nosso rival direto pela classificação", comentou o atacante
Robinho, 18, assim que chegou a
São Paulo, vindo de Brasília, onde
o time empatou com o Gama.
A seu lado estava Diego, 17, suspenso para o jogo de hoje. O meia
afirmou que o amarelo recebido
contra o Gama era, dos males, o
menor. Era melhor não enfrentar
o Palmeiras, que não luta por uma
das vagas, do que o Corinthians.
E segundo o goleiro Júlio Sérgio,
23, foi o que o técnico Emerson
Leão passou para a equipe. ""O
campeonato vai afunilando e daqui em diante devemos nos preocupar em dobro com nossos concorrentes diretos", afirmou.
Mas o palmeirense Zinho, 35,
acha que, na hora agá, o discurso
de Leão será outro. "Ele vai fazer
justamente o contrário, dizer que
o jogo contra a gente é que será o
importante, até pela fase difícil
que atravessamos."
Apesar da vitória contra o Paysandu, Zinho acha que o Palmeiras ainda não pode ser considerado favorito nem de longe. "O Santos leva vantagem, por jogar em
casa e também por estar melhor."
Sobre o fato de dizerem que o
clássico contra o Corinthians é
mais importante, o meia acha
que, "se eles falaram isso, é porque são um time muito jovem".
E o próprio Leão concorda com
isso -com a inexperiência de vários de seus jogadores, simbolizada por Diego, que completa 18
anos em fevereiro de 2003.
O técnico tem reclamado que
seus atletas estão muito afobados.
É o que chama de arroubos da juventude. O time é o que mais chuta a gol no Brasileiro -19,4 em
média por jogo-, mas nem sempre com a desejada eficiência
-63,9% de chutes errados. "Eles
não podem pegar a bola e chutar.
Têm de ter mais paciência, saber
trabalhar as jogadas", afirmou.
E, de fato, segundo o Datafolha,
o time da Vila tem sido muito
afoito e tocado pouco a bola. Dá,
em média, 302 passes por jogo, 46
a menos do que o Palmeiras.
Para o lateral Arce, a juventude
e o excesso de confiança do Santos podem acabar se voltando
contra eles. "Se não estão tão
preocupados com a gente [como
estariam com o Corinthians], melhor", disse o paraguaio, antes de
completar: "Na verdade, não ligo
para o que eles acham".
O lateral acha que, em outras
circunstâncias, empatar na Vila
seria normal, mas "não neste momento". "A gente precisa de uma
sequência de vitórias", afirmou,
referindo-se ao fato de o time ser
o lanterna -os últimos quatro do
torneio serão rebaixados.
Para o zagueiro César, uma série
de resultados positivos será uma
forma de retribuir a dívida que os
jogadores têm com a torcida, que
os apoiou durante todo o jogo
contra o Paysandu.
"Vamos ter que ir pagando isso
pouco a pouco. Estamos no caminho certo, mas não dá para pensar em classificação", comentou o
atleta, que discorda do técnico Levir Culpi, para quem ainda dá para chegar entre os oito.
Já Dodô, que conhece bem a
torcida do Santos, pois já defendeu o clube, avisa que ""vão pegar
muito no pé". "Mas é porque no
fundo têm respeito pela gente."
NA TV - Globo (só para SP) e
Record (menos para Santos),
ao vivo, às 17h
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