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AUTOMOBILISMO
Honda e Toyota são as maiores investidoras da categoria segundo levantamento de revista especializada
Na corrida pelo dinheiro, F-1 fala japonês
FÁBIO SEIXAS
DA REPORTAGEM LOCAL
As duas normalmente ocupam
o pelotão do fundo. Na melhor
das hipóteses, chegam ao bloco
intermediário. Em se tratando de
dinheiro, no entanto, ocupam a
pole position. E quanto a isso não
há dúvidas: a F-1 é japonesa.
Megarivais nos mercados caseiro e mundial, Honda e Toyota
são, em 2003, as maiores investidoras da categoria que dentro de
uma semana corre em São Paulo.
A primeira, fornecedora de motores da BAR, gastará US$ 210 milhões neste ano. A outra despenderá US$ 180 milhões na segunda
temporada com equipe própria.
Os números estarão na próxima
edição da "EuroBusiness", revista
comandada por Bernie Ecclestone, homem-forte da F-1. É a segunda vez que a publicação faz o
levantamento com os valores de
todos os patrocínios da categoria.
Quando comparada com a primeira pesquisa, do ano passado,
dois dados saltam aos olhos.
Primeiro, a supremacia japonesa. Em 2002, a Toyota ocupava o
terceiro posto da lista, com US$
140 milhões. Agora, com mais
US$ 40 milhões, ultrapassou a
francesa Renault e formou a dobradinha nipônica com a Honda.
Segundo, o valor global gasto
com patrocínios. Apesar de todo
os esforços da FIA (entidade máxima do automobilismo) para reduzir os custos da categoria, o resultado prático foi ínfimo.
Em 2002, a F-1 torrou US$ 2,1
bilhões em patrocínios para acontecer. Nesta temporada, com uma
corrida (Bélgica) e uma equipe
(Arrows) a menos, o valor total é
US$ 1,9 bilhão. Uma redução de
US$ 200 milhões, ou apenas 10%.
A lista da "EuroBusiness" mostra, ainda, que dinheiro nem sempre significa eficiência. E mais
uma vez o exemplo vem do Japão.
No ano passado, apesar dos
mesmos US$ 210 milhões empenhados na F-1, a Honda só conquistou 16 pontos. Cada ponto
custou cerca de US$ 13 milhões.
Pior foi a Toyota, com apenas
dois pontos conquistados. Somando todos os seus outros patrocínios, o time acumulou em
2002 um orçamento de US$ 238
milhões. No seu caso, então, cada
ponto custou US$ 119 milhões.
No outro extremo, está a Ferrari. Campeã mundial com 221 pontos e um orçamento de US$ 302
milhões (somados todos os seus
patrocinadores, como a Vodafone e a Marlboro). Cada ponto saiu
por "apenas" US$ 1,3 milhão.
Como no ano passado, as montadoras continuam sendo as
maiores investidoras da categoria. Sete das dez mais na lista da
revista são fabricantes de automóveis. Em seguida, aparecem a
indústria tabagista e as empresas
de informática e telefonia.
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