São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 2008

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Na Europa, casas de apostas vestem craques e são alvos de investigação

DO ENVIADO A HANÓI

Não faltam garotos-propaganda brasileiros de casas de apostas legais em jogos de futebol. Na lista estão Robinho, Kaká, Ronaldinho e Luis Fabiano. Todos jogam por clubes patrocinados por sites que exploram a jogatina envolvendo resultados de partidas do mais popular dos esportes.
Real Madrid e Milan levam em suas camisas a marca da Bwin, uma das maiores casas de apostas on-line, com foco quase todo no esporte. Em troca, cada um recebe entre 15 milhões e 20 milhões por ano. O Sevilla, de Luis Fabiano, tem outro site de apostas, o 888, como patrocinador.
Esse tipo de patrocínio gera investigações na Europa.
Uma associação de consumidores tenta derrubar na Justiça a parceria entre o Real Madrid e a Bwin, sob o argumento de que esse tipo de jogatina é proibido na Espanha.
No ano passado, o Milan recebeu uma multa de 100 mil (mais de R$ 250 mil) por ostentar a marca da Bwin numa partida jogada na Alemanha, país que proíbe a propaganda desse tipo de negócio.
Os italianos já sabiam do risco da multa, mas atuaram exibindo a marca do site porque consideravam o valor da multa pequeno quando comparado com o ganho de exposição que seu principal patrocinador teria naquela partida.
Na mesma Alemanha, o Werder Bremen, do brasileiro Diego, também tinha o patrocínio da Bwin. Para driblar o veto à parceria dentro de seu país, o clube colocava na sua camisa a frase "We win" ("Nós vencemos"). Mas a pressão acabou fazendo a parceria ruir. (PC)


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