São Paulo, segunda-feira, 08 de setembro de 2008 |
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02 NEURÔNIO >> Jô Hallack >> Nina Lemos >> Raq Affonso 02neuronio@uol.com.br http://02neuronio.blog.uol.com.br/ Ah, ele é um rato
RATO: substantivo masculino que designa conhecido roedor. E também homem medroso, aquele
que foge. Pessoa que mente.
Homem que esconde a namorada em casa para pegar outras meninas.
Há muito tempo temos essa nossa definição para ratos.
Sempre associamos o pobre
bicho a um tipo de homem
babaca que adora fingir que
não tem namorada só para
sair pegando as outras por aí.
Ou seja, um covarde.
Nada contra qualquer tipo
de relacionamento aberto. E
também nada contra quem
namora e é fiel. O que de fato
sempre nos irritou nos tais
ratos foi a incapacidade de assumir um lado, tomar uma
posição. Jogar claro, falar na
cara. Sempre cruzamos com
sujeitos desse tipo
nas baladas
da vida. Então, falamos:
"Ah, ele é um
rato".
Pelo jeito,
os cientistas
pensam como a gente e
associam homens covardes a ratos. Sim,
um grupo de pesquisadores suecos passou anos
estudando os
roedores só para descobrir
que alguns deles têm um tipo
de variação genética que determina se serão fiéis. E
por que eles
têm tanto
interesse na
vida sentimental dos
ratos? Porque a mesma
mutação genética pode
determinar se
o homem tem
propensão a
ser fiel ou não.
Os homens
que têm a tal
variação no
DNA têm o dobro de chance
de ter mais problemas no casamento por conta de uma
traição. Obviamente não é só
um fato genético que vai determinar se um relacionamento vai dar certo ou não.
Vários outros fatores podem
acabar com o amor, como o
tédio, a existência de outras
pessoas interessantes no
mundo, a lista é imensa. Na
verdade, o casamento é algo
fadado ao fracasso. Mesmo
assim, as pessoas se casam!
Mas adoramos saber que os
genes podem fazer a gente ser
de um jeito ou de outro. E
adoramos culpar os genes de
coisas de que não gostamos.
Por exemplo: a nossa barriga!
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