São Paulo, sábado, 3 de novembro de 2012

Terceiro filme é menos engraçado que anteriores

SÉRGIO RIZZO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Banana? Na verdade, Greg Heffley é um tremendo azarado. Como acontece em boa parte das comédias de cinema, achamos graça das suas trapalhadas porque ele planeja, planeja, planeja... e as coisas sempre dão errado. Em "Diário de um Banana 3 - Dias de Cão", o azar que persegue o pobre Greg na escola continua ao seu lado nas férias de verão. São mais de 70 dias sem aulas e lições de casa. Boa oportunidade, pensa ele, para dormir e jogar videogame.
Já os seus pais querem que ele e o irmão mais velho, Rodrick, passem as férias praticando esportes, explorando a natureza ou arrumando um trabalho (o que é comum entre crianças e adolescentes dos Estados Unidos nesse período).
Greg não faz nada disso, mas finge que faz. E até finge bem.
Mas não adianta: um azarado de comédia jamais será um sortudo. Desta vez, alguns colegas de escola -como o pequeno Chirag e a raivosa Patty- aparecem pouco.
Como eles tinham a ver com boa parte do humor nos filmes anteriores, saímos no prejuízo.
Até mesmo o gordinho Rowley perde um pouco de espaço na história. Quem ganha importância? Holly, a menina que Greg quer namorar. As piadas de "Dias de Cão" têm muito a ver com esse romance que parece condenado ao fracasso.
Outro ponto importante no filme: a relação de Greg com o pai, Frank (que, tudo indica, foi também "banana" na infância). Por causa disso, a história fica mais sentimental e um pouco menos divertida.
E, no final, até mesmo o azar, esse companheiro inseparável de Greg, corre o risco de se transformar em sorte. Pode?

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Folha Online. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha Online.