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Brasil, Índia e as crianças
SÉRGIO RIZZO
ESPECIAL PARA A FOLHA
A Índia é muito diferente do Brasil, mas as crianças de lá se parecem com as daqui: gostam de brincar, têm sonhos e não compreendem direito o comportamento dos adultos. Além disso, são vítimas de injustiças, principalmente se forem pobres.
Tudo isso pode ser observado nos três filmes indianos do Fici. Neles, quase tudo é distante da realidade brasileira - paisagem, costumes, idioma. Mas, ao mesmo tempo, é gostoso perceber que a infância fala uma língua universal.
O que chama a atenção em "Keshu", "Meu Nome é Kalam" e "O Circo" (o mais bem produzido) é a importância que dão aos estudos.
Para os personagens, ir à escola representa a oportunidade de mudar de vida. Em "O Circo", a mãe de duas crianças não quer que sejam criadoras de cabras, como o pai. Vê a escola como a chance de um futuro melhor. Nessa história, estamos em período de eleições e políticos fazem discursos demagógicos, que enganam a população. Viu como Brasil e Índia têm muitas semelhanças?
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