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Especial
Babá eletrônica
'Folhinha' especial fala sobre tablet, o 'brinquedo' tão adorado
Fotos Isadora Brant/Folhapress
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Breno, 6, adora ver o 'Cocoricó' no
YouTube do iPad
BRUNO ROMANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As fotos foram tiradas no último domingo em um restaurante de São Bernardo do Campo, perto de São Paulo. Retratam uma cena cada vez mais comum: crianças distraem-se com iPads enquanto os adultos conversam.
Com pouco mais de dois anos de existência, o tablet caiu no gosto de meninos e meninas e muitas vezes assumem função conhecida por "babá eletrônica", antes ocupada pela TV.
Em diversos países pesquisas mostram o quanto a criançada gosta do aparelho. Na Inglaterra, em levantamento da Duracell, 12% dos entrevistados com idades entre cinco e 16 anos disseram querer ganhar um tablet de presente. Bichos de pelúcia (5%), bonecos e bonecas (7%) ficaram bem atrás. Só o celular (14%) vem à frente.
Nos Estados Unidos, já no Natal do ano passado, 44% das crianças entre seis e 12 anos queriam ganhar um iPad de presente, apontou o instituto Nielsen.
A tela sensível ao toque dos dedos (chamada de "touch screen") é um convite ao uso. Há centenas de vídeos no YouTube com crianças divertindo-se com o poder do próprio toque.
Além disso, o tablet junta o que outros eletrônicos trazem. Tem vídeos (tchau, TV). Tem jogos (adeus, videogame). E internet (até mais, computador).
MOUSE X CADARÇO
A intimidade com tablets pode ser só mais uma característica da Geração Z (crianças que nasceram depois da popularização da internet). Uma pesquisa da empresa AVG feita em dez países, como Estados Unidos, França e Japão, mostra que a ligação com tecnologia começa cedo.
Entre dois e cinco anos, há mais crianças que sabem jogar games (58%) do que nadar (20%) e amarrar cadarço (11%). Nessa idade, sabem usar um mouse (69%), abrir a internet (25%) e utilizar aplicativos (19%). É cedo para tanta tecnologia? A "Folhinha" reflete sobre isso neste caderno especial sobre o uso de tablets na infância.
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