São Paulo, sábado, 29 de setembro de 2012

Super caderno

Tablets começam a fazer parte das aulas e empolgam alunos

ANDRÉA LEMOS
DE SÃO PAULO

Há mais de dois mil anos, pessoas usavam lápis feito de bambu para aprender a escrever sobre uma placa de argila mole. Hoje, a novidade que chega às escolas tem o mesmo formato de placa, ou melhor, de tablete. Mas agora pode-se escrever com o dedo, já que possui tela sensível ao toque. É preciso dizer o que é?!
Desde 2010, os tablets ganham espaço nas salas de aula, ao lado de livros e cadernos. Em algumas escolas, começaram a fazer parte da lista de materiais obrigatórios. Luca Amaral, 12, conta que, no colégio Dante Alighieri, nos Jardins (São Paulo), onde estuda, os professores de geografia bolaram uma espécie de caça ao tesouro.
Em dupla, os alunos usaram um tablet fornecido pela escola para acessar o Google Maps. Digitaram ali coordenadas geográficas (dados para achar lugares no mapa), que os levaram a locais do colégio onde havia peças de quebra-cabeça escondidas. Juntas, formaram um QR Code (tipo de código de barra, lido com o tablet. Finalmente, apareceu uma foto da estação da Luz -os alunos estavam estudando ferrovias.
Atividade parecida foi desenvolvida no colégio Magno, no Jardim Marajoara (São Paulo). Em equipe, estudantes escanearam com o tablet QR Codes espalhados pela escola. Cada um mostrava um problema matemático, que eles tinham de resolver para passar de etapa. No final, deviam apresentar os cálculos que os haviam levado às respostas. "Esse tipo de projeto é mais divertido. De tanto que é legal, a gente tem vontade de aprender", disse Omar Hassan, 12, do Magno.
No Bandeirantes, na Vila Mariana (São Paulo), aplicativos ajudam a entender as células (iCell) e ver como funciona o corpo humano (Virtual Heart). Na aula de português, aplicativos foram usados para fazer pesquisas e gráficos, com os quais alunos escreveram textos jornalísticos.

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