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Públicas também investem em vestibular de inverno
AO MENOS 30 INSTITUIÇÕES FEDERAIS E ESTADUAIS, SOBRETUDO EM MG E PR, FARÃO EXAMES NO MEIO DO ANO
ANA GABRIELA DICKSTEIN
LUIS RENATO STRAUSS
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem acredita que o vestibular
do meio do ano não deva ser levado a sério e pensa que, nessa época, só são oferecidos cursos de faculdades menores está enganado.
Neste ano, pelo menos 30 instituições federais e estaduais farão
processo seletivo de inverno.
Minas e Paraná são responsáveis pela quase totalidade desse
número. Nesses Estados, pelo
menos 19 instituições federais e
estaduais oferecem vestibular. As
universidades federais de Lavras e
Ouro Preto e as estaduais de Ponta Grossa e Maringá são algumas.
A UnB (Universidade de Brasília), com cursos bem avaliados
pelo provão do MEC, também terá vestibular no meio do ano. Serão oferecidas 1.977 vagas.
Mesmo com a oferta menor de
vagas na maior parte das instituições de ensino superior, o vestibular de inverno pode ser uma
boa chance não só para treineiros.
Isso porque a relação candidato/
vaga costuma cair nesse período.
Na PUC-Rio, o índice geral do
primeiro vestibular deste ano
(3,0) foi exatamente o dobro do
registrado no processo seletivo do
meio de 2001 (1,5). Na estadual de
Lavras, medicina veterinária registrou 51,7 no início do ano contra 35,8 no inverno passado.
Essa diferença, no entanto, não
é regra. Na estadual de Londrina,
o vestibular de inverno teve mais
que o dobro de candidatos por vaga para o curso de medicina, se
comparado ao último vestibular
(123,88 contra 60,38). Na estadual
de Maringá, o concurso para essa
mesma carreira teve relação de
83,2 no inverno de 2001 contra
45,8 no verão passado.
Segundo Neusa Altoe, reitora da
estadual de Maringá, isso se explica porque, até o ano passado, nas
universidades públicas do Paraná, apesar de as provas serem realizadas no meio do ano, a matrícula era efetivada somente em janeiro do ano seguinte. A prática
permitia que alunos do terceiro
ano do ensino médio também
concorressem às vagas.
Neste ano, devido às greves de
2001, a estadual de Maringá iniciará seu ano letivo em agosto.
Muitos estudantes de outros Estados prestam vestibular nessas
instituições devido também, de
acordo com Neusa, ao prestígio
que as universidades receberam
nos últimos anos, sobretudo pela
boa avaliação no provão.
Em relação ao vestibular de inverno de 2000, o número de candidatos no inverno de 2001 cresceu 25,4% na estadual de Maringá. Atualmente, cerca de 10% da
instituição é composta por alunos
de outras regiões.
A estudante Priscila Barile Candido, 18, por exemplo, prestará
vestibular para medicina nessa
universidade. "Gostaria de entrar
em alguma boa faculdade em São
Paulo, mas não posso perder essa
oportunidade no meio do ano."
Ela diz ainda que os exames servirão para testar seus conhecimentos e deficiências. "Posso avaliar o que está faltando e trabalhar
em cima dos erros", afirma.
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