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Para não ser surpreendido, exija certificado de autorização do Ministério da Educação
Fuja de "cursos fantasmas"
FERNANDO TADEU SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O que você faria se, depois da
maratona do vestibular e de anos
dedicados a uma faculdade, descobrisse que seu diploma é um
papel sem valor algum?
Para não ter de enfrentar essa situação, é preciso redobrar a atenção ao escolher uma faculdade.
Além de tomar conhecimento do
resultado do provão -um conceito ruim (D e E) pode prejudicar
seu futuro profissional e dificultar
a obtenção do financiamento estudantil-, é preciso saber se o
curso desejado é autorizado pelo
Ministério da Educação.
O problema é que o próprio
MEC admite ser difícil controlar
os chamados "cursos fantasmas".
Pela legislação, a faculdade pode
criar um curso novo, que só será
avaliado dois ou três anos depois.
Dependendo do resultado dessa
análise, o curso terá de sofrer reformulações e, nos casos mais
complicados, o aluno poderá ser
obrigado a mudar de faculdade.
"Nossa intenção não é a de ficar
fazendo papel de polícia contra
ninguém, mas a de melhorar a
qualidade do ensino superior. Infelizmente, existem cursos do tipo
"caça-níquel" contra os quais lutamos", disse Antonio MacDowell
de Figueiredo, secretário de Educação Superior do MEC.
Temendo ter alguma surpresa
desagradável ao se formar, a estudante Regiane Gonçalves dos
Santos, 23, foi buscar informações
sobre os cursos que lhe interessaram. Um deles era mais acessível
ao seu bolso, mas é um curso novo e que, portanto, ainda não foi
avaliado pelo MEC. Ela acabou
optando por fazer administração
no Mackenzie. "É mais caro, mas
vou tentar uma bolsa. Não quis
arriscar meu futuro profissional."
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