São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 2000
 
 

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FUJA...
Vestibulando deve exigir toda a documentaçã o antes de fazer sua inscrição
Faculdade é obrigada a divulgar dados sobre curso

DA REPORTAGEM LOCAL

Antes de se inscrever em uma faculdade, o vestibulando precisa exigir cópia do ato de autorização de implantação do curso concedida pelo MEC. Essa é a principal garantia de que ele não é "fantasma". Além disso, no caso dos que já existem há pelo menos três anos (a análise do MEC é feita na metade da duração do curso), é preciso verificar se eles foram regulamentados pelo ministério.
"Muitas faculdades implantam um curso sem pedir autorização na tentativa de forçar seu reconhecimento depois. Caso isso não aconteça, esse diploma não vale nada", afirma Magno de Aguiar Maranhão, presidente da Associação Nacional dos Centros Universitários. Ele diz ainda que esse é um problema comum em todo o país. "Qualquer um aluga um prédio imponente, coloca uma placa e começa a dar aulas."
Descobrir se o curso é autorizado não é a única precaução. É importante saber qual o conceito obtido no item condições de oferta. É por meio dele que o MEC avalia o nível dos professores, das instalações, do conteúdo e da carga horária. Se a faculdade foi mal avaliada em um desses quesitos, terá de sofrer modificações. Nesse caso, o MEC costuma prorrogar o prazo para a instituição adaptar-se às novas regras, mas a fama da instituição pode comprometer seu futuro profissional.
Assim como o ato de autorização, é obrigatória a divulgação do item condições de oferta.
O resultado do provão também é importante. O problema é que poucos cursos já foram avaliados. Além disso, o resultado pode mascarar as reais condições da faculdade. O de jornalismo da USP, por exemplo, obteve E em virtude do boicote dos seus alunos. Mas ele foi muito bem avaliado no quesito condições de oferta.
Passar pelo funil do MEC não é fácil. Dos 5.972 novos pedidos de criação de cursos nos últimos cinco anos, apenas 1.014 tiveram autorização para funcionar. Mas o próprio ministério admite que existem "cursos fantasmas" e ruins por aí. Para evitar surpresas, cabe ao aluno precaver-se. (FTS)



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