São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 2000
 
 

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Estudante paga R$ 1.600 e reclama

DA REPORTAGEM LOCAL

Ter nome e cobrar uma mensalidade cara nem sempre é garantia de que o curso é bom. Que o digam os estudantes de medicina da Universidade de Mogi das Cruzes (SP), que pagam uma mensalidade de R$ 1.600 e foram surpreendidos com o pedido de fechamento da instituição.
Pelo critério do MEC, se a instituição foi mal no provão e teve conceito insuficiente no item condições de oferta, ela tem prazo de até um ano para corrigir suas falhas. Se repetir o mal desempenho três vezes consecutivas, não pode mais funcionar.
Esse é o caso dos cursos de direito da Faculdade de Direito de Sete Lagoas (MG) e da Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas (RJ), cujo fechamento também foi recomendado pelo MEC ao Conselho Nacional de Educação.
No curso de medicina, o cerco é maior. A recomendação para seu fechamento é feita já no primeiro conceito ruim no provão e no item condições de oferta.
Entre os 21 cursos com baixo desempenho, o MEC não renovou autorização para a Universidade do Oeste Paulista (SP), a Universidade Católica de Pelotas (RS) e para o Centro de Ensino Superior de Valença (RJ).
Cinco cursos de medicina estão com reconhecimento precário e têm pouco tempo (cerca de um ano) para corrigir seus problemas, como a Universidade de Mogi das Cruzes.
"Nossa pedra no sapato sempre foi o corpo docente. O nível de titulação dos professores aqui é baixo e isso pode comprometer o meu futuro como médica", disse Bárbara Cristina Barreiros, aluna do 2º ano. "Ninguém quer ter um diploma de uma escola mal falada." Ela, porém, afirma que a direção da faculdade está empenhada em resolver o problema.
Os cursos que forem fechados não irão prejudicar os alunos. O MEC garante a transferência para a mesma série ou período correspondente em instituição que tenha bom conceito. (FTS)



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