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Sala SP recebe a mais antiga sinfônica do Reino Unido
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Mais antiga sinfônica profissional da Inglaterra, a Orquestra Hallé, que toca hoje e amanhã na série da Sociedade de
Cultura Artística, espera mostrar por aqui um temperamento que não tem nada a ver com a
célebre fleuma britânica.
"Às vezes eu digo aos músicos: não sejam tão suaves, não
sejam tão ingleses", brinca sir
Mark Elder, o regente de 61
anos que assumiu em 2000 a
direção da orquestra fundada
em 1858, em Manchester, pelo
músico alemão Charles Hallé
(1819-1895).
A imprensa do Reino Unido
tem louvado Elder por ter galvanizado a orquestra, recuperando a reputação internacional de que o grupo gozava nos
tempos em que estava sob a batuta de sir John Barbirolli
(1899-1970).
"Quando cheguei a Manchester, disse a eles: "Vocês tocam
bem, mas não me interessa,
porque não vem do coração'",
conta. "Com o tempo, conseguimos encontrar o coração da
orquestra, e os músicos dão
100% de si quando tocam."
Hoje, a principal atração do
repertório são as "Variações
Enigma", do britânico Edward
Elgar (1857-1934), enquanto
amanhã o repertório inclui a
primeira sinfonia do russo
Dmitri Chostakovitch (1906-1975), bem como orquestrações do londrino Colin Matthews, 62, para alguns dos prelúdios para piano solo de Claude Debussy (1862-1918).
A solista convidada é a pianista russa Polina Leschenko,
27, que interpreta hoje o concerto de Grieg; e, amanhã, o primeiro concerto de Liszt.
ORQUESTRA HALLÉ
Quando: hoje e amanhã, às 21h
Onde: Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, s/nº, tel. 0/xx/11/3223-3966)
Quanto: R$ 90 a R$ 240 (R$ 10 para
est. até 30 anos)
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