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Mostra reúne sucessos do cinema judaico
Vencedor do Oscar, "Os Falsários" encerra festival; abertura traz "Lemon Tree", premiado em Berlim
SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA
A celebração dos 60 anos do
Estado de Israel, criado em 14
de maio de 1948, terá espaço
exclusivo na programação do
12º Festival de Cinema Judaico
de São Paulo, que será aberto
hoje e prosseguirá até o próximo domingo, com exibições na
Hebraica, no Centro da Cultura
Judaica, Cinesesc, Cinemark
Pátio Higienópolis e teatro Eva
Herz (na livraria Cultura do
Conjunto Nacional).
A mostra "Israel 60" reuniu
11 títulos, realizados a partir
dos anos 60, para reconstituir
momentos-chave na história
do cinema no país. Os primeiros anos do Estado, por exemplo, são matéria-prima para o
humor de "Sallah" (1964) e "O
Grande Buraco" (1970), ambos
de Ephraim Kishon.
No primeiro, Chaim Topol
("Um Violinista no Telhado")
interpreta um imigrante iemenita empenhado em obter para
a família o apartamento que lhe
foi prometido pelo governo. O
segundo, baseado em peça de
Kishon, acompanha as repercussões burocráticas provocadas por um fugitivo de manicômio (Bomba Tzur) que cava um
buraco em rua de Tel Aviv.
Entre os filmes de ficção, estão "Kadosh - Laços Sagrados"
(1999), de Amos Gitaï, e "Casamento Arranjado" (2001), de
Dover Koshashvili.
Os dois longas sobre tema judaico mais festejados da atual
temporada foram escolhidos
para as sessões de abertura e de
encerramento. "Lemon Tree"
(2008), de Eran Riklis ("A Noiva Síria"), abre o festival com a
história fictícia (mas inspirada
em fatos reais) de uma viúva
(Hiam Abbas, de "Free Zone")
cujos limoeiros são vistos como
ameaça pela equipe de segurança de seu novo vizinho, o
ministro de Defesa de Israel.
Riklis, que viveu no Rio durante a adolescência, vem ao
Brasil para a abertura do festival e para o lançamento comercial de "Lemon Tree" [o limoeiro], marcado para a próxima sexta. O festival será encerrado com sessão de "Os Falsários" (2007), de Stefan Ruzowitzky, com lançamento no
Brasil previsto para 5/9.
Vencedor do Oscar de filme
estrangeiro deste ano, o drama
recria a trajetória do russo Salomon "Sally" Sorowitsch (Karl
Markovics), preso em 1936 por
falsificação de dinheiro e documentos. Durante a Segunda
Guerra, já em um campo de
concentração, ele é recrutado
pelos nazistas para participar
do Projeto Bernhard, que se baseava na produção e distribuição de libras e dólares falsos.
A mostra de ficção do festival
reúne dez filmes, três deles de
Israel. Quatro documentários
do país também estão na lista.
FESTIVAL DE CINEMA JUDAICO
Quando: de hoje a 10/8
Onde: veja endereços de salas, programação completa e classificação indicativa no site www.fcjsp.com.br
Quanto: até R$ 8
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