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Diversidade dá o tom do festival Lollapalooza
ENVIADO ESPECIAL A CHICAGO
Cerca de 130 atrações se espalharam nos oito palcos do
Lollapalooza em três dias de
evento, terminados anteontem. Os números representam
as proporções gigantescas desse evento montado no Grant
Park, região central de Chicago.
A reportagem da Folha
acompanhou o festival no sábado e no domingo (na sexta,
houve shows de Bloc Party, Raconteurs, Radiohead e outros).
Havia o rumor de que Barack
Obama, candidato à presidência dos EUA, iria fazer um minidiscurso durante o show de
Kanye West (ocorrido na noite
de domingo). Obama não apareceu, mas foi lembrado pelo
rapper, que em certo momento
colocou para tocar um trecho
de "Don't Stop Believin'", clássico da banda Journey.
Kanye West tem um ego
maior do que Chicago (chegou
a dizer que se sentia como um
dos grandes, como Lennon e
James Brown), mas não dá para negar que sabe produzir música com batidas bem feitas.
O festival reuniu um bom
número de bandas novas, com
destaque para a new wave do
Black Kids, para o duo MGMT
e seu hit "Kids", e para o quinteto britânico Foals.
Uma boa surpresa foi a dupla
inglesa Ting Tings. Eles tocaram cedo (12h45 de sábado),
com o sol quente de verão, e
conseguiram juntar público razoável no palco principal.
O combo canadense Broken
Social Scene pintou o Lollapalooza com tintas do rock dos
anos 1970 e da psicodelia dos
1960. Já as músicas do grupo
Explosions in the Sky podem
ser comparadas a peças cuidadosamente compostas, nas
quais se alternam arranjos instrumentais calmos e pesados.
Essa diversidade encontrada
no festival é sintetizada pelo
bardo apocalíptico Saul Williams. Com penas na cabeça,
rosto pintado e roupas coloridas, ele destila suas letras engajadas em cima de batidas electro e guitarra roqueira. Difícil
de classificar, como grande
parte da boa música pop feita
hoje.
(TN)
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