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Crítica
"Vampiros" é fiel à tradição dos filmes do gênero
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
John Carpenter é uma espécie de reserva moral contemporânea do cinema popular. Boa
parte da carreira deste diretor
de 60 anos desenvolveu-se na
era do blockbuster, dominada
por filmes de enorme investimento (e controle externo proporcional ao investimento).
No entanto, Carpenter soube
sempre puxar as cordas do cinema de gênero para escapar
da fatalidade da grande produção. Fez policiais, ficções científicas, filmes de terror. Trabalhou, dentro do possível, explorando os limites do cinema de
gênero, com orçamentos modestos, filmes fortes, raramente decepcionantes.
É nessa categoria que se enquadra "Vampiros" (TNT,
0h45; classificação indicativa
não informada). Ao contrário,
por exemplo, desse novo "Batman", cheios de idéias e filosofices, "Vampiros" atém-se à
tradição: mordidas, ameaça de
contágio, sangue, beleza de crepúsculos e auroras, o sentimento de perigo por toda parte, o vermelho. É pena que, feito em cinemascope, agora seja
desnaturado pela tela plana.
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